A Polícia Civil criou, nesta quarta-feira (29), uma força-tarefa com 20 policiais para solucionar a morte de Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, em Goiânia. A corporação informou que já trabalha com uma pessoa considerada suspeita de afogar a criança na lama. Porém, não divulgou mais detalhes sobre a identidade do investigado.
Nesta manhã, equipes de policiais da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH) estiveram no Parque Santa Rita – onde a vítima sumiu e teve o corpo encontrado dias depois – realizando investigações.
A corporação também está ouvindo várias pessoas que têm relação com o caso – parentes, possíveis testemunhas, entre outros. Os detalhes das investigações seguem sob sigilo. O objetivo é esclarecer as circunstâncias da morte da criança e o que levou o autor a cometer o crime.
Segundo registros da corporação, o menino sumiu no último dia 21 de julho, ao sair para ir à casa da avó, que mora nas proximidades da residência dele. O corpo do garoto foi encontrado seis dias depois, em uma região de brejo, a cerca de 100 metros da casa dele.
Danilo Sousa Silva, de 7 anos — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Asfixiado na lama
A perícia feita no corpo e no local que ele foi encontrado apontaram que Danilo foi asfixiado em lama, como explicou o gerente do Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, o médico legista Mário Eduardo Cruz. Segundo ele, o corpo do menino estava no local há alguns dias – entre sete e dez.
“A causa da morte a gente consegue precisar. Durante a necrópsia, nós encontramos presença de lama tanto na cavidade oral como na traqueia. Isso configura a mudança do meio respirável, então, asfixia por afogamento”, explicou.
Os peritos notaram ainda sinais de violência no corpo da vítima. Segundo as investigações, há lesões que parecem ter sido causadas antes e após a morte da criança.
As investigações apuram ainda se o garoto foi vítima de abuso sexual. Ao ser questionada pelo G1 para saber se já havia alguma conclusão em relação ao estupro, a Polícia Técnico-Científica disse por meio de nota que os “resultados de Perícias Criminais e Médico-Legais não serão repassados” para preservar as investigações.
Bombeiros encontram corpo em área de mata — Foto: Marina Demori/TV Anhanguera
Família
Tia do garoto, Yala Silva Almeida disse que a família está destruída com tudo o que aconteceu.
“Não temos ideia de quem foi, mas queremos justiça”, afirmou.
A mãe e o padrasto da criança foram ouvidos duas vezes pela Polícia Civil. Eles foram autuados por abandono de incapaz, ou seja, estão sendo responsabilizados pelo sumiço da criança, que teria saído sozinha para ir à casa da avó antes de desaparecer.
De acordo com a família, o corpo de Danilo deve ser velado entre as 14h e 16h, no Cemitério Municipal Vale da Paz, em Goiânia. O enterro está programado para ocorrer em seguida.
Desaparecimento
Danilo sumiu no dia 21 de julho. Segundo o relato da família para a Polícia Civil, ele estava brincando na porta de casa quando entrou e disse à mãe que iria para a casa da avó, que mora uma rua acima. Porém, não foi mais visto depois disso.
A polícia chegou a divulgar imagens de câmeras de segurança que mostram uma criança pedindo comida em um restaurante. Apesar da semelhança, a mãe não reconheceu o menino da gravação como sendo o filho e a Polícia Civil concluiu que realmente não era Danilo que aparecia nas imagens.
No dia seguinte ao desaparecimento, o Corpo de Bombeiros iniciou as buscas pelo garoto. De acordo com a corporação, o local em que o corpo estava era de difícil acesso e não havia sido explorado antes. Ainda segundo os bombeiros, apesar de ser uma área alagada, o corpo não estava submerso, foi encontrado fora da água.
Danilo de Sousa Silva — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
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com g1