O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (5) a autorização para que bares e restaurantes passem a funcionar no período noturno no estado. A medida entra em vigor a partir desta quinta-feira (6) e vale para as regiões que estão há 14 dias na fase amarela do plano de flexibilizações.
“Depois de rigorosa análise do centro de contingência da Covid-19 constatou que não houve impacto negativo nos indicadores epidemiológicos com a retomada gradual no consumo em restaurantes localizados em regiões que estão na fase amarela do Plano São Paulo. A partir desta constatação, o governo do estado vai publicar decreto amanhã que autoriza a abertura de restaurantes, padarias e estabelecimentos de alimentação até as 22 horas”, disse João Doria (PSDB) durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
A mudança ocorre após reclamações do setor, que estavam autorizados a atender aos clientes até as 17h. O tempo de funcionamento permanece de 6h por dia, mas poderá ser fracionado pelos estabelecimentos.
“O que muda com o que foi dito até agora: o novo horário de funcionamento permite até as 22hrs nas primeiras duas semanas e 6h por dia. Esse é um passo importante para ajudar um setor sofrido, também pra dá melhor condições de trabalhos pra quem tá voltando ao trabalho e precisam realizar suas refeições durante o dia”, defendeu Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico.
Municípios
Pelas regras do Plano São Paulo, a gestão estadual estabelece as medidas básicas e restrições a serem seguidas e autoriza a reabertura dos setores de acordo com a fase da quarentena. Posteriormente, cabe aos prefeitos regulamentar com os setores como será feita a reabertura em cada cidade.
Os prefeitos têm autonomia para criar regras mais restritivas, mas não mais permissivas. Antes do anúncio desta quarta, várias cidades já tinham desrespeitado o que havia sido estabelecido pelo estado.
No ABC paulista, Santo André, São Bernardo e São Caetano liberaram bares e restaurantes para funcionar até as 23h30. No entanto, a Justiça revogou os decretos e voltou a proibir o funcionamento noturno em São Bernardo e Santo André. No litoral, São Sebastião também liberou o funcionamento até as 22h.
Os bares e restaurantes reabriram na capital em 6 de julho, sem o funcionamento noturno. Apenas os restaurantes localizados em praças de alimentação de shoppings foram autorizados a seguir a regra do comércio, com possibilidade de funcionar até 22h.
Atendimento na calçada
Na capital, o prefeito Bruno Covas (PSDB) disse que irá publicar nesta quinta-feira (6) um decreto regulamentando o funcionamento dos estabelecimentos nas calçadas.
Veja as principais regras para bares e restaurantes:
- Ocupação máxima de 40% da capacidade do estabelecimento
- Distância de 2 metros entre as mesas e de 1,5 metro entre as pessoas
- Máximo de 6 pessoas por mesa
- Atendimento apenas para clientes sentados
- Uso obrigatório de máscaras por clientes e funcionários no estabelecimento. (Apenas quando estiver sentado em sua mesa, o cliente poderá deixar de utilizar a máscara)
- Proibir aglomerações
- Disponibilizar álcool gel para higienização das mãos
- Barreiras de acrílico devem ser instaladas nos caixas e balcões de alimentos.
- Temperos e condimentos devem ser fornecidos em sachês
- Cardápios deverão ser disponibilizados digitalmente ou em quadros na parede
Plano São Paulo
Atualização do Plano São Paulo nesta sexta-feira (31 de julho). — Foto: Divulgação/Governo de SP
Na última sexta-feira (31), o governo realizou a nona reclassificação das regiões no Plano São Paulo. Apenas Registro, no Vale do Ribeira, no Interior de São Paulo, retrocedeu para a fase 1 (vermelha), mais restrita em que apenas atividades essenciais estão liberadas.
A cidade de São Paulo se manteve na fase amarela, que permite a abertura de bares, restaurantes e salões de beleza. Toda a Grande São Paulo também está na fase amarela, exceto a sub-região Norte, que permanece na fase laranja. Baixada Santista e Araraquara também estão na amarela.
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Governo de SP anuncia retrocesso do Vale do Ribeira para a fase vermelha
Para começar a reabertura gradual do estado em 1º de junho, o governo dividiu o território de acordo com as 17 Divisões Regionais de Saúde (DRS). A Grande São Paulo ainda foi subdividida em microrregiões. A flexibilização da quarentena é feita de modo diferente em cada uma dessas regiões.
Os critérios que baseiam a classificação das Divisões Regionais de Saúde são: ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs); total de leitos por 100 mil habitantes; variação de novas internações, novos casos confirmados e novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior, além disso, na mudança para a fase verde também são considerados óbitos e internações para cada 100 mil habitantes.
Esses critérios definem em qual das cinco fases de permissão de reabertura a região se encontra:
- Fase 1 – Vermelha: Alerta máximo
- Fase 2 – Laranja: Controle
- Fase 3 – Amarela: Flexibilização
- Fase 4 – Verde: Abertura parcial
- Fase 5 – Azul: Normal controlado
com g1