A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) informou que o senador não vai comparecer à acareação entre ele e o empresário Paulo Marinho, marcada para o dia 21 de setembro.
A notícia foi publicada pelo jornal O Globo.
O Ministério Público Federal marcou essa acareação para que o empresário e o senador falassem sobre a suspeita de vazamento de informações da Operação Furna da Onça.
A ação teve como objetivo investigar a participação de deputados estaduais do Rio em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Paulo Marinho contou ter ouvido do próprio Flávio que um delegado da polícia federal antecipou que haveria a operação.
O senador nega ter dito isso.
Foi na Operação Furna da Onça que apareceu o relatório da movimentação financeira suspeita do ex-assessor Fabrício Queiroz – que, depois, deu origem à investigação da “rachadinha” no gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro.
Por ser parlamentar, Flávio Bolsonaro tem direito a escolher uma data para a acareação.
E não é obrigado a participar por não ser alvo da investigação.
‘Rachadinha’
O senador Flávio Bolsonaro é investigado pelo Ministério Público estadual do Rio de Janeiro por ser suspeito de chefiar uma organização criminosa montada para desviar recursos públicos do próprio gabinete, quando era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele nega as acusações.
A estimativa é que cerca de R$ 2,3 milhões tenham sido movimentados em um esquema de “rachadinha”, no qual funcionários do então deputado devolviam parte do salário que recebiam na Alerj. O dinheiro, segundo a investigação, era lavado com aplicação em uma loja de chocolates no Rio da qual o senador é sócio e em imóveis.
COM G1