O secretário de Educação da Paraíba, Cláudio Furtado, disse em entrevista ao Arapuan Verdade nesta sexta-feira (4) que o Estado da Paraíba prepara um decreto com as normas para o retorno das aulas. Contudo, ele informou que ainda não existe data definida para essa retomada durante a pandemia do novo coronavírus.
“As diretrizes e os protocolos estão sendo criados e vão ser publicados. Já foi feita uma outra publicação juntamente com a Saúde na plataforma do Novo Normal, sobre as medidas de biossegurança. E deve ser publicado em breve um Decreto que dá todas as orientações num possível retorno às aulas. Não existe uma data definida para esse retorno no estado da Paraíba. Isso vai depender de uma pesquisa que vai ser realizada pela Saúde e pela Educação. É uma enquete sorológica com crianças de três a jovens de 17 anos para ver como se manifesta a Covid-19 nesse grupo e aí tomarmos uma posição sobre uma possível data”, explicou o secretário de Educação.
Ainda segundo Cláudio Furtado, “essas diretrizes que estão sendo publicadas envolvem um grupo de trabalho que tem Ministério Público da Paraíba, Secretaria de Estado da Saúde, Conselho Estadual de Educação, Tribunal de Contas do Estado, Sindicato das Escolas Particulares da Paraíba, uma série de entidades da sociedade civil.”
Foram definidos quatro eixos para essas normas. “Ele (decreto) estabelece quatro eixos. Um dos eixos é o levantamento das necessidades de infraestrutura das escolas de modo geral e também da parte de pessoal, como levantamento dos professores em grupo de risco, medição de temperatura, acesso, bebedouros, toda a questão da sinalização e circulação dentro da escola, ventilação nas salas, espaçamento entre carteiras. Toda essa questão da infraestrutura a ser preparada para uma possível retomada. O segundo eixo é o da biossegurança, que define toda a questão dos protocolos de saúde dentro das escolas. O terceiro é da parte pedagógica, que é justamente o que ficou do aprendizado do ensino remoto, o que precisa ser nivelado. O quarto eixo é o lado sócio-emocional. Porque desde março esses alunos estão em isolamento social e a gente tem que dar um acompanhamento do ponto de vista sócio-emocional à rede.”
Cláudio Furtado acredita que a tecnologia aplicada às aulas remotas, através de videoconferência para o ensino, deve permanecer no sistema público, auxiliando na aplicação de conteúdo que for feita em sala de aula, pós pandemia.