Ameaçado pelo Governo Federal por votar contra a Reforma Trabalhista, o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), disse não temer retaliações.
A informação veiculada na coluna Painel, do jornal A Folha de São Paulo, de que o presidente Michel Temer (PMDB) estaria com uma lista de parlamentares aliados que votaram contra a Reforma Trabalhista e por isso iria ‘tomar’ de volta os cargos na gestão. Apenas ele e o deputado Luiz Couto (PT) votaram contrários ao projeto. O
peemedebista que integra a base governista afirmou que votou com a ‘sua convicção’ e lembrou o cargo que era ocupado por sua exposa, Ana Cláudia, e que até agora, segundo o parlamentar, não tinha sido resolvido. “Nem a indicação da Funasa, desde a saída de Ana Cláudia, doi resolvida. Mas, a minha questão é conceitual. Poderia ter cem cargos, mas não deixaria de votar contra” enfatizou.
Veneziano reafirmou que é possível que o PMDB não tenha gostado do seu posicionamento e dos outros sete deputados que votaram contra a reforma e dos cinco que se ausentaram, porém ele alegou que não foi uma decisão de última hora.
“Eu anunciei ao líder do partido e a integrantes do governo, que não concordava com a forma, com o conteúdo, com o tempo que essas duas propostas (reforma trabalhista e da previdência) foram apresentadas e por isso votaria contra as duas. Eu não posso é abdicar do dever que eu tenho de representar a quem me pôs aqui”, disse, assegurando que não foi desleal com o governo e com o partido, mas há matérias que vão contra suas convicções.
Em relação a sua saída do PMDB, federal Veneziano não descartou a possibilidade de deixar a legenda mas disse que essa decisão só deve ser tomada no ano que vem, ano de eleições. A especulação sobre sua saída da legenda vem após recentes declarações de insatisfação com a cúpula peemedebista na Paraíba. Um dos partidos que já se especula para ser a nova casa de Veneziano é o Podemos (antigo PTN), mas pelas declarações do deputado estadual Janduhy Carneiro nesta terça-feira (2) ele não seria bem-vindo por todos na agremiação.
“Não está descartada (a saída do PMDB). Essa decisão é para o próximo ano, até porque eu não posso sair agora. Se fosse o caso de eu vir a decidir deixar o PMDB para tomar novos rumos, é completamente inócuo você antecipar o processo, primeiro porque você não tem se não a vontade de permanecer como é o meu caso no PMDB. Segundo porque legalmente uma saída agora teria repercussões sobre o nosso mandato”, afirmou o deputado em entrevista a rádio Correio 98/Sat.
O deputado disse ainda que sua saída da legenda não cabe ao senador José Maranhão, presidente do PMDB na Paraíba, e que é uma decisão única e exclusiva dele mesmo. “Isso aí não cabe ao senador Maranhão. Convenhamos, cada um segue o rumo que desejar. O meu rumo eu sei muito bem traçar, se eu desejar permanecer no PMDB, permanecerei, não é a vontade ou não vontade do senador Zé Maranhão”, enfatizou.
Veneziano acrescentou que em nenhum momento ouviu o comandante estadual do partido dizer que quer a sua retirada da legenda. “Eu ainda não ouvi que ele não deseja que eu permaneça no partido, isso é muito mais especulação. Agora se lá na frente eu tiver que tomar rumos diferentes, não há nenhum trauma, drama, não há nada do outro mundo”, afirmou.
CARIRI EM AÇÃO
Com PBAgora / Fotos: Reprodução Google
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