Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha de S.Paulo também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 699. Recentemente, o país chegou a estar em situação de queda da média, mas retornou para o patamar de estabilidade dos dados de mortes (o que não significa uma situação tranquila).
A média ainda está em patamares elevados.
O Brasil tem uma taxa de cerca de 66,4 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 61,8 e 63,1 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil também já ultrapassou a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (59,2) e Espanha (66,3).
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos, tem 58,9 mortes para cada 100 mil habitantes.
A Índia agora é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 90.020 óbitos.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 31,4 mortes por 100 mil habitantes.
Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (23) aponta 33.281 novos casos confirmados de Covid-19 nas últimas 24h, com 869 novas mortes.
Com isso, o total registrado no balanço federal já chega a 4.624.885 casos da doença desde o início da epidemia, com 138.997 mortes.
O número de óbitos pode ser maior, já que há 2.422 em investigação.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.