O Palácio do Planalto vai acompanhar de perto o julgamento desta quinta-feira (8) do Supremo Tribunal Federal (STF) para medir como está a posição de cada ministro sobre o presidente Jair Bolsonaro. Segundo assessores presidenciais, mais do que definir como será o formato do depoimento, a sessão vai sinalizar como cada membro do tribunal está avaliando o presidente atualmente.
Na última sessão de plenário antes da aposentadoria do decano Celso de Mello, o STF vai julgar o recurso da Advocacia Geral da União (AGU) que pede para que o presidente Jair Bolsonaro deponha por escrito no inquérito que investiga se houve interferência politica na Polícia Federal.
Celso de Mello, relator do inquérito, determinou o depoimento por escrito, mas o tema divide opiniões dentro do tribunal.
STF julga se depoimento de Bolsonaro precisa ser presencial na PF
Depois de um período de embates com o Judiciário, que marcaram boa parte do primeiro ano de mandato e início do segundo, o presidente Jair Bolsonaro mudou de postura, principalmente depois da abertura de investigações no STF contra ele e seus apoiadores, e passou a buscar uma relação mais pacífica com os ministros da Suprema Corte.
Neste período, ele se aproximou principalmente de ministros como Dias Toffoli e Gilmar Mendes, procurados pelo presidente na semana passada para apresentar o seu escolhido para a vaga de Celso de Mello no Supremo, o desembargador Kássio Nunes Marques. A escolha do desembargador, que agradou boa parte do Supremo, seguiu por sinal a estratégia de ter uma relação mais harmoniosa com o STF.
“Vai ser mais do que um julgamento do formato do depoimento, mas de como cada ministro está vendo o presidente, se vai ter uma postura de boa vontade ou má vontade com ele. Afinal, há precedentes no passado indicando que o depoimento pode ser por escrito”, disse ao blog um assessor presidencial.
G1