Diretor de presídio é acusado de aceitar até tratamento de beleza como propina

Por Fantástico — A Operação Alegria prendeu diretores de presídios, policiais penais e advogados suspeitos de corrupção no sistema penitenciário de Minas Gerais. Um personagem central dessa história é Rodrigo Malaquias, ex-diretor da Penitenciária Nelson Hungria. Segundo os investigadores, a unidade era um negócio muito lucrativo para Malaquias.

Atrás das muralhas da maior penitenciária mineira, vivem 2 mil presos, em condições bem diferentes uns dos outros. Uma parte vive em celas individuais, no máximo, divide o espaço com mais um preso. Mas outro grupo vive em celas coletivas para oito pessoas, mas que chegam a receber 12, 14. Segundo a investigação da força integrada de combate ao crime organizado, essa diferença de tratamento gerou um mercado clandestino de compra e venda de vagas e transferências. Toda vez que um preso queria sair da cela onde estava para ir para outra mais vazia, ele tinha que pagar propina.

Um detalhe curioso chamou atenção dos investigadores: além de dinheiro, o ex-diretor do presídio também aceitava um tipo de propina para melhorar sua aparência.

G1