O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta sexta-feira (6) que retornar ao voto impresso “seria um retrocesso”.
O ministro falou sobre o assunto durante participação no 8º Fórum Liberdade e Democracia, em Vitória.
“Retornar ao voto impresso é um retrocesso, é como comprar um videocassete. Meu único incômodo com as urnas é o custo delas. Temos 500 mil, custa 700 milhões de reais, a cada eleição temos que trocar 100 mil delas”, disse.
Barroso comentou sobre as eleições de 2022 depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defender a adoção do voto impresso em uma transmissão em rede social. O ministro não citou a fala do presidente.
“O estudo está bastante avançado. Queremos, no ano que vem, mergulhar na Câmara e no Senado para que a gente possa realmente ter um sistema eleitoral confiável em 22”, disse Bolsonaro na live, realizada na quinta (5).
Barroso, que participou como observador convidado nas eleições americanas, onde o voto é impresso, comentou o sistema dos Estados Unidos, mas evitou comparações com o brasileiro.
“Não tenho a pretensão de ter algo a ensinar. O que eu acho é que precisamos mudar para o sistema distrital misto com urgência”, explicou.
g1