PF cumpre mandados em três estados contra tráfico internacional de drogas

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (4), uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas para cumprir quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Paraná e Paraíba.

A Operação Hélice é um desmembramento do inquérito relativo à apreensão de um helicóptero com quase meia tonelada de cocaína, ocorrida em 2013 no Espírito Santo.

De acordo com a Polícia Federal, após sete anos, foi possível identificar todo o grupo responsável pela logística e financiamento da ação, concluindo em definitivo o caso.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Vitória e a operação contou com a participação de 16 policiais federais. A Polícia Federal não informou quantos mandados foram cumpridos, nem os nomes dos alvos.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, com aumento de pena em função da transnacionalidade do delito, cujas penas somadas podem ultrapassar os 25 anos de reclusão.

Helicóptero

Helicóptero da família Perrella — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Helicóptero da família Perrella — Foto: Reprodução/TV Gazeta

O helicóptero foi apreendido com 445 kg de cocaína ao pousar em uma fazenda do município de Afonso Cláudio no dia 24 de novembro de 2013. Ele pertencia ao ex-deputado estadual mineiro Gustavo Perrella.

No dia, quatro pessoas foram presas e, junto com elas, a polícia ainda encontrou R$ 16 mil, fruto do comércio de entorpecentes.

Anos depois, no dia 6 de dezembro de 2017, o dono da fazenda onde o helicóptero pousou foi preso durante uma operação contra o tráfico de drogas.

A polícia explicou que já estava investigando há cerca de 20 dias a movimentação naquela propriedade rural. A suspeita é de que parte da cocaína seria exportada para a Europa. .

O piloto da aeronave, Rogério Almeida Antunes, foi condenado a dez anos e quatro meses de prisão em regime fechado, além de multa.

O copiloto, Alexandre José de Oliveira Júnior, foi condenado a dez anos e quatro meses em regime fechado e multa.

Apontados como interceptadores, Everaldo Lopes Souza foi condenado a nove anos e quatro meses de reclusão em regime fechado e multa e Robson Ferreira Dias, a oito anos e oito meses de reclusão em regime fechado e multa.

O dono da fazenda, Elio Rodrigues, foi condenado a dez anos e oito meses de reclusão em regime fechado, além de multa.

G1