O que era aquele aparelho grande colado ao ouvido e à boca das pessoas? Há 30 anos, os primeiros 700 equipamentos seriam habilitados no Brasil para uma das mais importantes novidades das telecomunicações, o celular. A primeira chamada, no Rio de Janeiro, em 30 de dezembro de 1990, era só a ligação pioneira para as infinitas interconexões que essa evolução tecnológica provocaria.
O mundo nunca mais seria o mesmo. Hoje, no Brasil, tem mais celular do que gente como revelou a pesquisa de Tecnologia de Informação Aplicada (FGVcia) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) identificando mais de 240 milhões de celulares ativos no país. Fazer ligação virou só um detalhe.
O equipamento é a principal forma de os brasileiros entrarem na internet. Até 2019, três em cada quatro pessoas tinham acesso à web e a telinha menor era a responsável pela maior parte dos acessos. Mais do que isso: para a maior parte das pessoas (59%) o acesso à rede ocorria exclusivamente pelo telefone. Além de ser uma ferramenta de informação e entretenimento, o celular traz possibilidades de inclusão, com os aplicativos.
O uso do celular, entretanto, pode se transformar em um perigo no trânsito, gerar problemas de postura, alterar a qualidade do sono e criar dependência em diferentes públicos, além de, em alguns casos, ser prejudicial em ambientes escolares. O medo de ficar sem celular tem até nome: nomofobia.
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