O Brasil teve mais um dia com mais de mil mortes registradas pela Covid-19. Nesta quarta-feira (6), foram 1.266 óbitos pela doença e 62.532 casos. Com isso, o país chega a 199.043 mortes e 7.874.539 de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.
Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Além dos dados diários, a Folha de S.Paulo também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 729. O valor da média, apesar de uma pequena queda em relação ao dado de 14 dias atrás, configura uma situação de estabilidade. Além disso, o dado é afetado pelo represamento de notificações que ocorreu em decorrência dos feriados recentes.
O Norte é a única região com aumento da média móvel de mortes, em relação a 14 dias atrás, e o Sul a única com redução. As outras regiões se encontram em estabilidade. Mais uma vez, porém, vale destacar que os dados são afetados pelos atrasos de notificação recentes derivados dos feriados de fim de ano.
Amazonas, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia Roraima, Sergipe e Tocantins apresentam aumento da média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás. Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul estão em situação de estabilidade (o que não significa uma condição tranquila).
Os demais estados apresentam queda.
O Brasil tem uma taxa de 95 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (359.977), e o Reino Unido (77.470), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 110,2 e 116,6 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (127,2), país com 76.877 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 128.822 óbitos, tem 102,1 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 118,3. O país tem 37.830 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 150.114 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 11,1 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 98,4 mortes por 100 mil habitantes (43.785 óbitos).
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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