Uma operação conjunta entre a Polícia Civil da Paraíba e a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, realizada nessa quinta-feira, 21, em Campina Grande, Alcantil e Santa Cecília, apreendeu um fuzil calibre .50, uma pistola calibre .40 e um revólver calibre 38 que estavam em poder de uma quadrilha de assaltantes de banco responsável por ataques a agências bancárias em vários estados do Nordeste. Duzentas bananas de dinamites e cordões detonantes também foram apreendidos na operação.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Isaías Gualberto, a ação é fruto de uma integração cada vez mais consistente entre as polícias civis nesses estados, com o foco no combate aos grupos que atuam contra agências bancárias e veículos de transporte de valores.
Em entrevista coletiva concedida à imprensa nesta sexta-feira, 22, na Central de Polícia Civil de Campina Grande, o delegado-geral enfatizou atuação conjunta entre as forças policiais no combate a esse tipo de crime.
“O nome escolhido foi Operação sem Fronteiras porque a gente sabe que essa criminalidade não tem fronteiras. Elas atuam em todo o Brasil, e por isso que é importante e extremamente salutar para a sociedade essa integração das polícias. Na Paraíba, por exemplo, houve uma redução de 47% nesse tipo de crime”, destacou Isaías.
As cidades
A ação policial teve início em Campina Grande, na zona leste da cidade, onde as polícias conseguiram localizar o esconderijo de um dos assaltantes mais procurados do Nordeste. Ele estava na companhia de outro criminoso, e ambos reagiram contra os policiais. Os assaltantes foram baleados e socorridos ao Hospital de Traumas de Campina Grande, mas não resistiram.
“São dois assaltantes bastante conhecidos da polícia e da justiça. Contra um deles havia sete mandados de prisão expedidos pelo Poder Judiciário, todos por roubos a bancos, enquanto que o outro já acumulava cinco mandados de prisão pela prática do mesmo crime”, disse o superintendente da Polícia Civil em Campina, delegado André Rabelo, que também participou da entrevista.
O delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Diego Beltrão, explicou que, após o confronto policial, as equipes partiam para a cidade de Alcantil, onde prenderam um homem de 52 anos de idade, apontando como o responsável pela logística e transporte das armas de explosivos encontrados.
“Era um sujeito peça-chave no grupo, incumbido de articular planejamentos estratégicos da quadrilha. Sua prisão também foi um grande baque na organização criminosa”, destacou Diego. O suspeito está recolhido na Central de Polícia em Campina, à disposição do Poder Judiciário.
Tráfico de Drogas
Também presente na coletiva, o delegado titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Yuri Givago, explicou que o comércio de entorpecentes é uma atividade paralela exercida pelo grupo desarticulado.
“Essa organização criminosa, além de atuar em ataques a bancos e carros-fortes, era envolvida também com o tráfico de drogas, para manter o poderio financeiro do grupo e as conexões com outras quadrilhas”, disse.
De acordo com as investigações da Polícia Civil paraibana, o grupo criminoso é o mesmo que agiu na cidade de São Bento, em São João do Rio do Peixe e em São João do Cariri.
De Olho no Cariri