Rodrigo Pacheco é eleito presidente do Senado, com 57 votos

O plenário do Senado Federal escolheu, na tarde desta segunda-feira (1º), Rodrigo Pacheco (DEM-MG) como o novo presidente da casa legislativa pelos próximos dois anos. O parlamentar recebeu 57 votos e derrotou Simone Tebet (MDB-MS), apoiada por 21. Três senadores não participaram da votação, que ocorreu por cédula, de forma secreta e presencial.

Outros três senadores – Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS) e Major Olimpio (PSL-SP) – chegaram a lançar candidatura e fazer discurso durante a sessão, mas posteriormente desistiram em apoio à emedebista.

Pacheco recebeu o apoio do então presidente da casa legislativa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No campo partidário, ele conseguiu construir um amplo arco de alianças, com nove siglas: DEM, PT, PP, PL, PSD, PSC, PDT, Pros e Republicanos – o que dava amplo favoritismo à sua candidatura.

O congressista mineiro tem 44 anos, é advogado e foi o mais jovem conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Antes, atuou como deputado federal (2015-2019) e foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), onde tramitaram pedidos de impeachment contra o ex-presidente Michel Temer (MDB). No Senado, onde exerce seu primeiro mandato, atuou como vice-presidente da Comissão de Transparência e Governança (CTFC).

No lançamento de sua candidatura, apresentou um manifesto em que se compromete, entre outras coisas, a garantir as liberdades, a democracia, as estabilidades social, política e econômica do Brasil, bem como a segurança jurídica, a ética e a moralidade pública, com respeito às leis e à Constituição.

O senador ainda defende a pacificação da sociedade e a independência do Senado. Outro compromisso assumido foi o atendimento à crise sanitária do país em decorrência da covid-19, tanto do ponto de vista da saúde pública como da economia, gerando emprego e renda.

Em discurso proferido em plenário nesta segunda-feira, Pacheco disse que, apesar do compromisso com a responsabilidade fiscal e o teto de gastos, é necessário reconhecer a situação de vulnerabilidade social aprofundada pela pandemia e se comprometeu a conduzir discussões sobre políticas de assistência aos mais vulneráveis de forma compatível à realidade das contas públicas.

O parlamentar também aproveitou para dar o recado de que sua gestão será marcada pela independência em relação aos outros Poderes. “Não haverá nenhum tipo de influência externa capaz de influenciar a vontade livre e autônoma dos senadores. A busca do consenso haverá de ser uma tônica, mas temos instrumentos fortes da democracia para extrair uma conclusão”, afirmou.

g1