José Adriano Vieira da Cruz, de 38 anos, principal suspeito de matar a ex-esposa, Maria Adriana Costa da Silva, também 38 anos, dentro da casa onde morava segue foragido desde a última quarta-feira (27). Uma semana depois do crime, nesta quarta-feira (3), a Justiça expediu um mandado prisão preventiva contra ele. O feminicídio aconteceu em Bayeux, na Grande João Pessoa.
A mulher foi encontrada pelas filhas com perfurações na cabeça, em cima da cama. A vítima tinha medida protetiva contra ex-marido há mais de um ano. Informações sobre o paradeiro do suspeito podem ser repassadas de forma anônima por meio do disque-denúncia da Polícia Civil, 197.
Segundo a família da vítima, José Adriano tentava tentando reatar o relacionamento, mas ela não aceitava. Eles foram casados por 21 anos e tinham quatro filho juntos. A mulher era auxiliar de serviços gerais e deixou cinco filhos.
De acordo com a delegada da Mulher, Conceição Casado, que já acompanhava o caso de Maria Adriana desde 2019, ela tinha uma união estável com José Adriano, mas a relação era de muito conflito, violência doméstica, violência patrimonial e violência psicológica.
“Ela tinha todo o histórico de uma mulher sofrida e muito batalhadora. Na segunda oitiva de Adriana, ela contou que estava na Caixa Econômica Federal, em outubro, e ele havia chegado próximo a ela. Ela disse que ia acionar a polícia, porque ela tinha uma medida protetiva. Quando ela falou, ele deu um empurrão nela, um murro na filha e fugiu”, declarou a delegada.
A família da vítima relatou à TV Cabo Branco, nesta terça-feira (2), que teme que o principal suspeito de ter cometido o crime, ameace a vida de pessoas ligadas a ela. Os familiares da vítima acreditam que o homem esteve no local depois do crime para pegar pertences.
A vítima sofria ameaças e agressões por ciúmes dele. Recentemente, o casal tinha se separado e o homem estava vivendo com outra mulher. Entretanto, a união não deu certo e ele estaria tentando reatar com a ex-esposa. O suspeito teria entrado onde a vítima estava morando a força e estaria vivendo com ela, com a mulher sempre expressando que não estava satisfeita com isso.
Segundo os vizinhos, José Adriano entrava na casa de Adriana quando achava conveniente, descumprindo qualquer medida protetiva que houvesse contra ele. Além disso, ele também fazia empréstimos no nome dela e não pagava as dívidas.
O suspeito ainda não foi encontrado, mas a Polícia Civil segue investigando o caso.