Em um desabafo, o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, apontou que a situação da pandemia no Brasil é a maior tragédia sanitária da história do país.
Geraldo ressaltou ainda que neste momento não cabe disputa política, nem tampouco o reforço do abismo que separa os grupos sectários de ambos os lados.
“Estamos diante da maior tragédia sanitária da história do nosso país. Um Brasil majestoso, um povo alegre e hospitaleiro jamais deveria permitir que um tema de saúde pública se configurasse como uma disputa política com grupos sectários de ambos os lados. Seria o momento de estarmos unidos, tendo um único pensamento, salvar vidas de brasileiros, indistintamente do nível sócio econômico, principalmente dos nossos idosos, que representam a maioria dos mortos”, declarou.
O secretário ainda disse que questões inúteis estão tomando maiores proporções e fazendo com que a ciência seja abandonada.
“Enveredamos por discussões inúteis e acirradas em redes sociais, abandonamos a ciência, idolatramos drogas inefetivas, condenamos o isolamento social em momentos cruciais, que precisávamos utilizá-lo, desprezamos as máscaras, realizamos eleições atemporais, insistimos em minimizar o novo coronavírus, falhamos na aquisição precoce das vacinas, investimos parcos recursos na Atenção Primária à Saúde e na nossa malha hospitalar ao longo dos anos associados a má aplicação e manutenção” pontuou.
Sobre a ampliação dos leitos em todo o estado, o auxiliar do governador João Azevêdo disse que são métodos paliativos e que a efetividade do combate à covid-19 está no distanciamento social, medidas eficazes de higiene pessoal e na vacina.
“Não nos iludamos com ampliação de leitos. São métodos paliativos de gestão Aos familiares daqueles que se foram e pereceram precocemente a certeza de muitas mortes evitáveis e a tristeza, a saudade e o choro copioso dos que ficam. Um ano que se foi e nunca esqueceremos. Acorda Brasil”, conclamou.