O Centro Universitário do Vale do Iguaçu (Uniguaçu), sediado em União da Vitória (PR), anunciou nesta sábado (20), o desligamento de Ricardo Germano Efing, professor do curso de Fisioterapia, após ganhar repercussão nas redes sociais um aula em que ele usa uma expressão que faz apologia ao estupro.
“Desculpe meninas, eu sei que é chulo o que eu vou dizer, mas é aquele ditado, se o estupro é inevitável e iminente, relaxa e aproveita”, disse Efing ao comentar sobre situações em que o ser humano precisa “se adaptar”.
A Uniguaçu pediu desculpas à turma pelo ocorrido e anunciou o desligamento do professor. “A Uniguaçu ressalta que preza pelos valores de integral respeito, empatia e promoção da defesa da mulher, e não tolera nem compaCtua com quaisquer condutas de desconsideração de tais princípios em seus ambientes de ensino”, diz a nota.
O professor também se manifestou em nota sobre o caso. Ele alegou que “foi utilizada expressão popular que, após a devida reflexão, se mostra integralmente inapropriada e que não poderia ser aceita com naturalidade ou indiferença”.
“Não se pode deixar de reconhecer o machismo estrutural presente em nossa sociedade que, infelizmente, reproduz comportamentos os quais devem ser devidamente enfrentados de modo construtivo, para que todos possam aprender e progredir para uma sociedade mais respeitosa e igualitária. Reconhece-se este erro e será buscado o necessário aprendizado com essa situação”, afirmou.
Esse não é o primeiro caso de professores que são punidos por utilizarem a expressão durante aula virtual. Um professor de medicina da Faculdade Estácio de Juazeiro do Norte (CE) foi afastado em 2020 pelo uso da frase machista.
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Revista Fórum