Certo dia, ajudando seu filho de três anos, que estuda em uma escola particular de Pernambuco, a fazer a lição de casa, Aline Lopes, de 30 anos, se deparou com os seguintes enunciados no livro didático recomendado pela escola:
Em post no Facebook, Aline postou imagens da lição com a seguinte legenda: “Tarefa de casa de Nauã, 3 anos de idade. Encontre o erro.”
Em outro post, anterior, ela comentou o assunto, sob a perspectiva de uma mãe branca que começou a vivenciar o racismo através da experiência da maternidade.
“Tive de começar a sentir o peso do racismo dentro da minha casa depois que os meus dois filhos nasceram. Aymê, de 5 anos, e Nauã, de 3, são duas crianças negras. Desde então, eu tenho de lidar com coisas desagradáveis, as quais nunca passei na minha infância”.
Confira o post na íntegra:
Os posts tiveram mais de 460 compartilhamentos e repercutiram na imprensa nacional pelo teor racista das representações propostas pelo enunciado.
Aline ainda relatou que, em conversa com o colégio particular do filho, a direção da instituição informou à ela que a não compactuava com nenhum tipo de preconceito, mas que não seria possível deixar de usar o livro por conta do contrato firmado com a editora.
A editora responsável pelo livro compartilhou em seu Facebook uma nota sobre o assunto
CARIRI EM AÇÃO
Catraca Livre/Foto: Reprodução
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