A nova edição da pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta segunda-feira, mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais forte nas intenções de voto para a Presidência da República. De acordo com o levantamento, o petista teria 41,3% do total, ante 26,6% de Jair Bolsonaro (sem partido), se as eleições presidenciais fossem hoje.
Na sequência aparecem Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (sem partido), ambos com 5,9%, o governador João Doria (PSDB), com 2,1%, e o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 1,8%. Votos brancos e nulos somam 8,6%, e os indecisos são 7,8%.
De acordo com a pesquisa estimulada, Lula estaria próximo de uma vitória já no primeiro turno, pois tem 41,3%, ante 42,3% da soma de seus adversários. Na espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, ele aparece com 27,8%, enquanto Bolsonaro tem com 21,6%. Os indecisos chegam a 38,9%. Ciro tem 1,7% das citações, e Moro e Doria, 0,7% cada.
Reprovação
Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o ex-presidente teria 52,6%, ante 33,3% do atual ocupante do Palácio do Planalto. Neste cenário, 11,5% votariam branco ou nulo. A sondagem confirma a liderança de Lula atestada também pelo Ipec, instituto fundado por ex-executivos do Ibope Inteligência, em pesquisa divulgada em 26 de junho. Ali, ele lidera a preferência do eleitorado com 49%, enquanto Bolsonaro aparece com 23%.
A pesquisa mostra, ainda, que o percentual de eleitores que reprova o desempenho pessoal de Bolsonaro subiu de 51%, em fevereiro, para 63% neste mês. Com isso, alcança a maior taxa de reprovação desde o início da gestão.
A avaliação do governo também piorou: 48% apontam a administração como péssima ou ruim, ante 36% em fevereiro. Os que acham o governo como ótimo ou bom passaram de 30% para 23%. Entre os entrevistados, 28% consideram a gestão regular.
Ao serem perguntados sobre o que é mais importante nas eleições presidenciais de 2022, 45,1% dos entrevistados responderam que é “Bolsonaro não ser reeleito”. O levantamento ouviu 2.002 pessoas entre quinta-feira (1º) e sábado (3). A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Rejeição
O levantamento CNT/MDA apontou também que o ex-presidente Lula não só dispara na liderança, mas tem o menor índice de rejeição (44,5%). Jair Bolsonaro lidera neste quesito (61,8%), seguido pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 57,9%, pelo ex-juiz Sérgio Moro (56,7%), pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 52,4% e pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 51,5%.
De acordo com a pesquisa, 35,4% afirmaram que votariam com certeza no petista; 17,1% disseram que podem votar nele; 0,1% disse que não conhece ou não sabe quem é, e 2,9% não souberam ou não responderam. No caso de Bolsonaro, 22,8% dos eleitores votam com certeza nele; 11,6% podem votar; 0,4% não sabe quem é ou não o conhece; e 3,4% não souberam ou não responderam.
O governador João Doria tem o voto certo de 1,5% dos entrevistados. Ao todo, 16,5% podem votar nele para presidente; 20,5% não conhecem ou não sabem quem é, e 3,6% não souberam ou não responderam.
O ex-juiz Sérgio Moro tem o voto certo de apenas 4,4%. Segundo os números, 24,7% disseram que podem votar nele; 10,9% não conhecem ou não sabem quem é, e 3,3% não souberam ou não responderam.
Na pesquisa, o ex-ministro Ciro Gomes tem voto certo de 4,3% e 26,2% afirmaram que podem votar no pedetista para presidente. Ao todo, 13,1% não conhecem ou não sabem quem é o ex-governador, e 4,0% não souberam ou não responderam.