“Não é que o jogo em que estávamos perdendo de 7 a 1 virou para 10 a 7. Ainda estamos perdendo de 7 a 2”. Essa é a imagem que o secretário Executivo da Saúde, Daniel Beltrammi, faz a respeito do quadro da pandemia do coronavírus na Paraíba e no Brasil.
Beltrammi avaliou, em entrevista ao programa Correio Debate (rádio 98.3 FM), que o avanço da vacinação tem permitido também se avançar no controle da propagação do vírus e, sobretudo, da ocupação de leitos de hospitais.
Apesar da forte redução de casos e de óbitos, o secretário Executivo da Saúde apela para que a população continue a usar de todos os cuidados pessoais contra o coronavírus, como o uso de máscaras e álcool em gel, lavar as mãos e evitar aglomerações.
Futebol com torcida
Sobre o movimento para liberação de público em estádios durante jogos de futebol, o secretário Daniel Beltrammi se manifestou contrário. Segundo ele, ainda não é tempo de arriscar.
Beltrami também se mostrou cauteloso em relação a planejamentos para os festejos de fim de ano e do carnaval. Além de estar distante, o secretário acredita que é melhor aguardar a evolução da situação e da campanha de vacinação.
Variante Delta
O secretário Daniel Beltrammi acredita que a estratégia adotada pela Paraíba – a de avançar com a aplicação da primeira dose de imunizantes – será capaz de evitar o recrudescimento da pandemia através da infestação da variante Delta, que tem sido a predominante no mundo.
A avaliação da Secretaria de Saúde da Paraíba é que, como todas as vacinas garantem efetividade de pelo menos 70% com a aplicação da primeira dose, a política mais correta é a de garantir a imunização do maior número de pessoas o quanto antes para evitar que variante indiana acometa os não vacinados, com vem ocorrendo nos Estados Unidos.
A variante Delta continua ausente da Paraíba.
Adolescentes
Outra informação do secretário Daniel Beltrammi é que a Secretaria de Saúde da Paraíba já decidiu que, após o cumprimento da meta de vacinação do público acima de 18 anos, o que deverá ocorrer no início do próximo mês de setembro, deverá iniciar a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos, com a vacina da Pfizer, a única autorizada até agora para aplicação no público mais jovem.
Coronavac
Tirando dúvidas levantadas sobre a eficácia da coronavac, o secretário Daniel Beltrammi disse que, se tivesse que escolher uma vacina, escolheria o imunizante do Butantan para se vacinar por considerar o que tem base mais completa, sem que isso signifique que os demais não sejam eficazes.
Beltrami citou ainda os exemplos do Uruguai e do Chile, onde a maioria da população recebeu imunizantes do tipo coronavac e os resultados são extremamente positivos.
Josival Pereira