A equipe pedagógica da Secretaria de Educação de Sumé e a coordenação do Programa Alfaletra reuniram-se nessa quarta-feira, 22, no auditório da Seduc, para discutir e avaliar os resultados obtidos pelo programa em 2021, — ano marcado pela pandemia do coronavírus.
O encontro contou com a participação do prefeito Éden Duarte, do secretário da pasta Bonilson Timóteo, de representantes do Conselho Municipal de Educação e de alguns gestores, técnicos escolares e professores da rede municipal de ensino.
Criado em 2019 e ampliado em 2021, o Alfaletra é uma ferramenta pedagógica da educação municipal voltada para atender estudantes do 5º ao 9º ano com dificuldades de aprendizado nas modalidades de leitura, escrita e matemática, selecionados após diagnóstico realizado por professores do ensino regular e tendo as unidades escolares como parceiras.
De acordo com o coordenador do programa, Tiago Belinho, o Alfaletra iniciou em 2021 atendendo 636 alunos, sendo que ao final do ano letivo, 241 destes conseguiram evoluir de nível na esteira do aprendizado. “Com todos os desafios que enfrentamos com a pandemia, vencemos essa etapa e a sensação é de dever cumprido com essa avaliação bastante positiva que estamos tendo e dividindo com todos os envolvidos. O sentimento também é de reflexão em podermos melhorar cada vez mais nas políticas públicas de educação. Só tenho a agradecer a dedicação e o empenho de todas as pessoas que participam do programa”, disse Tiago.
Aparecida Gomes, coordenadora pedagógica da educação municipal e idealizadora do Alfaletra, também partilha do mesmo sentimento. “É uma coisa maravilhosa que esse programa fez, conseguir resgatar muitos desses alunos que estavam totalmente desligados da escola, sem produzir nada, sem assistir às aulas online e até mesmo sem encanto pela escola. Por isso que a gente considera um sucesso e acredito que no próximo ano os avanços serão ainda maiores por conta das aulas presenciais, com o professor regular que é o maior responsável pela construção do conhecimento desses estudantes”, observou Aparecida, que destacou ainda: “Isso só nos fortalece e faz com que a gente acredite na escola pública de qualidade, nós somos privilegiados por termos aqui em Sumé, equipes de professores preparados na rede e profissionais de alto nível no programa Alfaletra”, avaliou.
Aline Silva, uma das professoras do programa na Escola Presidente Vargas, disse que retornar ao ensino presencial foi um grande desafio porque existiam alunos com sérias dificuldades no desenvolvimento das habilidades compatíveis com a idade/série. “Foi aí que toda a equipe precisou se desdobrar e pensar em metodologias e alternativas capazes de fazer esse resgate das competências do estudante”, afirmou.
Cícero Félix, professor de matemática do programa, disse que trabalhar com esses alunos, impactados com a pandemia, o fez repensar todas as práticas docentes, principalmente em buscar alternativas para levá-los a ver a matemática de uma forma de diferente.
Simone Diniz, gestora e professora da Escola João de Souza, do Sítio Conceição, destacou que apesar da escola que ela dirige ter sido a última a entrar no programa, por conta da pandemia e de uma reforma e ampliação que estão sendo feitas na unidade, as atividades escolares não pararam e o Alfaletra foi crucial na construção do conhecimento, reforçando o aprendizado dos alunos. Já a gestora da escola Zélia Braz, Jaína Farias, enfatizou que o programa veio somar esforços nessa jornada do aprendizado dos alunos, de modo que com a nova versão, houve muitos ganhos no processo, o que reflete nos resultados positivos apresentados.
O secretário de educação, Bonílson Timóteo, disse que estava muito feliz com a apresentação dos resultados do programa. Segundo ele, apesar de 2021 ter sido um ano desafiador em vários aspectos, a Secretaria de Educação de Sumé continuou desenvolvendo estratégias para mitigar os problemas, e nesse sentido, o Alfaletra foi fundamental para melhoria dos indicadores educacionais do município, auxiliando sobretudo aqueles alunos que apresentam dificuldades cognitivas. “Terminamos o ano com o coração cheio de amor, com a cabeça erguida e a sensação de dever cumprido. Todo esse sucesso do nosso trabalho, os resultados obtidos são fruto da dedicação e do comprometimento de toda a equipe da Seduc. Agradeço a Deus por mais um ano, ao prefeito Éden pela oportunidade concedida e a todos que fazem a educação do município de Sumé”, destacou Bonílson.
O prefeito Éden, por sua vez, falou da importância do programa para elevar a educação municipal e ressaltou que essa análise deverá ser uma constante no projeto, já que a mensuração dos resultados, segundo ele, dá uma dimensão do caminho percorrido e o que precisa ser melhorado para a continuidade. “É preciso diagnosticar e avaliar sempre o que a gente faz. Os dados aqui apresentados foram bem significativos. Prometo que vou analisar com calma e comparar com o ensino regular, porque eu não acredito em educação que premia o aluno sem saber dominar operações básicas e essenciais do ensino aprendizado, como leitura, escrita e matemática”, destacou Éden, que ainda agradeceu e parabenizou toda a equipe que faz o programa acontecer, reafirmou o compromisso de fortalecê-lo ainda mais e recompensar todos os envolvidos que apresentarem os melhores resultados.