Moro pode concorrer ao Senado se não decolar nas pesquisas até fevereiro, diz site

O ex-juiz Sergio Moro pode disputar uma vaga para o Senado caso não chegue a ao menos 15% de intenções de voto nas pesquisas eleitorais para a Presidência até fevereiro. Atualmente, Moro conta com aproximadamente 9% das intenções de voto.

De acordo com a colunista Carolina Brígido, do Uol, interlocutores do ex-ministro da Justiça afirmam que Moro vai abandonar a intenção de concorrer a Presidência caso o desempenho nas pesquisas não melhore.

Ainda segundo o Uol, a ideia de tentar disputar o Senado teria surgido após o ministro Bruno Dantas, do TCU (Tribunal de Contas da União), mandar a consultoria americana Alvarez & Marsal revelar os serviços prestados e os valores pagos a Moro.

Em nota ao Uol, Moro afirmou que é “pré-candidato à Presidência, não ao Senado”.

“Não tenho receio de qualquer investigação, muito menos a de Ministro do TCU sobre fato inexistente”, ressaltou na nota.

Investigação do TCU
Em 2020, Moro foi contratado para trabalhar na Alvarez & Marsal após deixar o cargo de ministro da Justiça, do governo de Jair Bolsonaro. O escritório é o mesmo que atuou como administrador judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato.

Em fevereiro do ano passado, o ministro Bruno Dantas deu o primeiro passo em uma apuração preliminar sobre a contratação do ex-ministro. Dantas pediu a juntada de toda a documentação relacionada ao processo de escolha da multinacional como administradora da recuperação judicial da Odebrecht.

A decisão atende a um pedido apresentado pelo subprocurador-geral junto ao Tribunal de Contas da União, Lucas Rocha Furtado, que colocou sob suspeita a entrada de Moro como sócio da empresa de consultoria. Isso porque o ex-juiz federal da Operação Lava Jato atuou em ações penais contra sócios e executivos da empreiteira e na homologação de acordo de leniência da construtora.

Para o ministro, é preciso analisar se houve “conflito de interesses” na contratação de Moro. Ainda conforme a colunista Carolina Brígido, interlocutores de Moro acreditam que, neste primeiro momento, a suspeita levantada contra Moro tem muito mais consequência política do que jurídica.

Istoé