A pesquisadora da Paraíba, médica Adriana Melo, foi citada nos textos auxiliares da redação do Enem, na reaplicação feita nesse domingo (9) para estudantes que não fizeram as provas em novembro do ano passado. A médica de Campina Grande foi lembrada como a pioneira na identificação da relação do vírus zika com a microcefalia, que afetou diversas crianças, especialmente na Paraíba e em Pernambuco.
O tema da redação do Enem foi “Reconhecimento da contribuição das mulheres nas ciências da saúde no Brasil”.
A médica Adriana Melo compartilhou em suas redes sociais a citação de seu nome e as homenagens dos amigos sobre o acontecimento. “Vocês também têm amigos tema de redação do Enem ou só eu?”, brincou o médico André Telis.
Na época das descobertas sobre a microcefalia relacionada à zika nas crianças, a pesquisadora e médica Adriana Melo recebeu diversas homenagens, como a da Assembleia Legislativa da Paraíba, a qual lhe concedeu a Medalha Epitácio Pessoa e o Diploma Napoleão Laureano.
Adriana Melo
Embora com vida estabelecida em Campina Grande, Adriana Melo nasceu no Ceará, é filha de família pocinhense, formou-se em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e trabalha há 16 anos no setor de Medicina Fetal do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), a principal maternidade pública de Campina Grande. Entre outubro e novembro de 2015, a doutora Adriana tomou conhecimento de duas pacientes grávidas de bebês que nasceriam com a má formação do cérebro. A ela a medicina deve o estabelecimento da relação entre o zika vírus e a microcefalia. Adriana Melo suspeitou que estava diante de um novo padrão de microcefalia baseando-se em pacientes que apresentaram manchas vermelhas na pele e coceira durante as primeiras semanas da gravidez.
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