O governador Ricardo Coutinho (PSB) lamentou o que chamou de paralisia do Congresso Nacional diante da situação de crise que o Brasil enfrenta nos últimos anos. Durante entrevista, o gestor defendeu que é necessário promover uma “correlação de forças” e criticou o fato de o país “não conseguir se impor em nenhuma discussão” que interesse à sociedade.
“A omissão do Congresso Nacional é grave, é séria, e muito delicada. Essa confusão paralisa o Brasil e faz com que as atenções estejam voltadas para um caso novelesco e ao mesmo tempo em que a legislação trabalhista aprovada”, destacou em entrevista concedida à Carta Capital este semana, logo após a condenação do ex-presidente Lula pelo juiz Sérgio Moro no caso do triplex.
Ricardo avaliou que ‘banalizou-se a ocupação de qualquer cargo (presidência da República ou da Câmara) e não se tem um debate de consistência acontecendo hoje no Brasil’. “O debate é a aprovação de reformas porque tem interesses econômicos por trás disso. Esse é o debate permeando a maior parte do Congresso infelizmente”, criticou.
O governador paraibano disse ainda que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi defendido sob o argumento de que a situação do país melhoraria, o que não ocorreu. “Se vendeu para o povo que o país voltaria a crescer, que o desemprego cairia e que a corrupção seria debelada. Isso era um jogo de profunda retórica para poder se tomar o poder derrubando as regras de um jogo democrático. Só que o Brasil afundou ainda mais”, analisou.
Ele ainda lamentou a perda da ‘republicanidade’ no país disse que o Brasil passou a ser visto entre dois grupos. “As relações federativas passaram a ser oposição e situação. Acho que todos perderam. O dinheiro disponível passou a sair do Brasil para outros locais porque no país se adotou a lógica de o combate a inflação é fechar as torneiras o que é um prejuízo para o povo”.
CARIRI EM AÇÃO
Com Blog do Gordinho/Foto: Google
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