No que depender da primeira-dama Michelle Bolsonaro, a presença das ex-esposas de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais deste ano não irá avançar. Segundo uma matéria publicada na Veja, a primeira-dama estaria usando sua influência para minar as pretensões políticas de Rogéria Bolsonaro e Ana Cristina Valle.
“Como qualquer pessoa que tem ciúme em um relacionamento, ela não quer que o marido se envolva com as ex, ainda mais ex complicadas, que não querem perder o vínculo”, apontou um amigo à revista.
No caso de Rogéria, a primeira ex-esposa e mãe dos filhos políticos do presidente (Carlos, Eduardo e Flávio), a primeira-dama concluiu que a ideia de colocá-la na candidatura de Romário ao Senado até poderia fazer o ex-jogador se associar mais ao bolsonarismo, como planejava Flávio — o principal articulador do clã no Rio de Janeiro, seu berço político —, mas o efeito colateral seria Bolsonaro se empenhar em elegê-la. Inaceitável, portanto. Depois da chiadeira de Michelle, a tendência é que o PL ache outro nome para a chapa.
A relação com Ana Cristina, a segunda ex-esposa e mãe do caçula Jair Renan, é ainda pior. Além da separação conturbada, a ex foi implicada no esquema de rachadinha no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro e se dá mal não só com Michelle, mas com o próprio Bolsonaro.
Ao se separarem, em 2007, ela registrou um boletim de ocorrência acusando Bolsonaro de ter furtado um cofre com dinheiro e joias que guardavam juntos (o caso foi arquivado). Naquele mesmo ano, incorreu na fúria de Michelle quando, de acordo com três pessoas do círculo do clã, procurou o ex para lançar maledicências e questionar a índole de sua nova parceira.
Em 2018, tentou ser deputada federal pelo Podemos, em vez do PSL, então partido da família. Obteve pouco mais de 4 500 votos. Ou seja, ao levar em conta os resultados obtidos pelas duas ex-mulheres de Bolsonaro nas urnas até aqui, os conflitos abalam o ambiente familiar, mas têm pouco impacto no jogo político.
Com informações da Veja