O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou nesta quinta-feira (4) que não espera receber apoio de outros partidos para a disputa da eleição deste ano e citou cinco possíveis nomes que podem ocupar a vaga de vice em sua chapa.
O presidenciável deu as declarações durante entrevista após a convenção do PDT no Distrito Federal, que aprovou a candidatura da senadora Leila Barros ao Governo do Distrito Federal.
“Eu não [espero apoio]. Não espero não. Mas o [Carlos] Lupi que está com essas coisas e pede para esperar. E já tá marcado, amanhã [sexta-feira] é o último dia e nós vamos anunciar”, disse Ciro após ter sido questionado sobre alianças com outros partidos.
Segundo o candidato, o presidente do PDT, Carlos Lupi, está conduzindo conversas com “frações” de outras siglas.
Na avaliação de Ciro, outros partidos não quiseram se aliar ao PDT por causa das ideias que ele defende. Segundo ele, outros candidatos são favoráveis à manutenção dos modelos econômico e de governança vigentes no país.
“Evidentemente, você não pode esperar que uma fração do sistema, comprometida com o modelo econômico e de governança política que eu quero revogar e digo como, que venha ao meu socorro”, afirmou o presidenciável.
Sobre o apoio de André Janones, do Avante, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro disse que isso era aguardado.
“Eu lamento, porque essa conduta do Lula de tentar destruir as alternativas para as pessoas, de forçar, é de uma imprudência e falta de vocação democrática muito graves”, afirmou.
O candidato do PDT afirmou ainda que estava à disposição de Janones para tentar uma aliança, mas que o então candidato do Avante nunca marcou uma reunião com ele.
Vice
Durante a entrevista, Ciro disse também que quer ter uma mulher como candidata a vice na sua chapa e que o nome deve sair de uma lista de cinco filiadas do partido. O anúncio da escolhida ocorrerá nesta sexta-feira (5), durante evento em Brasília.
“O perfil é assim: eu gostaria de escolher uma mulher e, se não tiver aliança, porque eu já não acredito há algum tempo que acontecerá, porque os escravistas não vão ajudar os abolicionistas. Isso é uma coisa que a gente quer ter naturalidade. Para abolir a escravidão, nós tivemos que enfrentar os escravistas e não contar com a colaboração deles”, afirmou.
“Então, quero uma mulher, que pode ser Juliana Brizola, que é hoje candidata a deputada federal pelo Rio Grande do Sul, Martha Rocha, candidata a deputada estadual pelo Rio de Janeiro, Suely [Vilela], ex-reitora da USP, a única mulher que foi reitora da USP, a Ana Paula, vice-prefeita de Salvador e Isabella de Roldão, vice-prefeita de Recife. Vai ser uma dessas aí”, acrescentou Ciro.