Direção do curso de Ciências Agrárias da UFPB emite nota após prisão de professor acusado de estupro: “repúdio a quaisquer tipos de violações contra as mulheres”

Após a prisão do professor do Curso de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em Areia, Geovane Vitor Vasconcelos, o Centro de Ciências Agrárias (CCA) emitiu uma nota sobre o caso em que reforça a importância da prisão e do combate ao assédio sofrido pelas alunas.

Na nota, obtida pelo ClickPB,  também é citado demais casos semelhantes que estão sob sindicância e seguem sendo investigados em sigilo. O professor foi preso acusado de estupro. No Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas da UFPB (SIGAA) estão registradas quatro disciplinas — de variados cursos — que seriam lecionadas pelo professor no semestre 2022.1 da instituição, que se inicia no próximo dia 15.

De acordo com a nota, a direção do Curso diz não compactuar com casos de abusos e assédio por parte do corpo docente. Também reforçou que apoia as investigações e se posicionou aberta a demais denúncias que possam surgir.

“Manifestamos veemente nosso repúdio a quaisquer tipos de violações contra as mulheres e seus direitos, e estamos abertos a todo o tipo de denúncia. Além disso, informamos que esta Direção não se furta ou se omite frente as denúncias que nos chegam de forma institucional”, diz um trecho da nota.

Confira a seguir a nota na íntegra:

“Considerando os fatos amplamente divulgados pela imprensa local, viemos a público trazer esclarecimentos a respeito do ocorrido com o professor Geovane Vitor Vasconcelos. Uma operação conjunta realizada entre a Polícia Militar do Estado da Paraíba (PMPB) e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba  (GAECO/MPPB) O mesmo fora encarcerado nesta quarta-feira (10), mediante Mandado de Prisão Preventiva expedido pela 7ª Vara Criminal de João Pessoa, Paraíba. 

O referido mandado refere-se a um processo ocorrido há aproximadamente 4 anos, em João Pessoa, tipificado como artigo 2013, da lei 2848 (Estupro), não tendo relação com ocorrência dentro do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba. 

Manifestamos veemente nosso repúdio a quaisquer tipos de violações contra as mulheres e seus direitos, e estamos abertos a todo o tipo de denúncia. Além disso, informamos que esta Direção não se furta ou se omite frente as denúncias que nos chegam de forma institucional. 

Esclarecemos, ainda, que há hoje em andamento no CCA processos de sindicância com tipificação parecida, entretanto não tão grave quando a supramencionada, os quais correm de forma sigilosas quando aos conteúdos e réus. 

Que os fatos sejam apurados e que a justiça seja feita após o direito da ampla defesa constitucional.”

ClickPB