Na Câmara dos Deputados, de acordo com denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia um grupo escalado por Cunha para favorecer ou intimidar empresários. A prática ocorria por meio dos requerimentos ou convocações de empresários para depor em comissões. O resultado disso, na maioria dos casos, era a cobrança de propinas. Diálogo entre Cunha e outro ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), mostra bem isso. “Chegou! Valeu. Agradeça lá”, escreveu o Henrique Alves, também preso, em mensagem de 2012. “Claro, não tinha dúvidas. Aqui se atrasa, mas não falha”, responde Cunha.
De acordo com matéria de O Globo, em 2012, Cunha mandou mensagem Motta para atuar em nome dele. “Acredita-se que o ex-parlamentar (Cunha) utilizaria, supostamente, do deputado Hugo Motta, também do PMDB, para interceder na MP 561”, diz o relatório da PF. Na mensagem, Cunha digitou: “Vou pôr uma emenda para vc assinar que é do veto da 561”. Motta respondeu: “Ok, aguardo. Abs!!!”. Em outra ocasião, uma assessora de Cunha chamada Claudia Medeiros enviou ao chefe um e-mail com uma minuta de requerimento e o questiona sobre a possibilidade de envio ao deputado Hugo Motta para assinatura. A mensagem foi em agosto de 2012. “Posso mandar para o Hugo Motta assinar?????”, diz a mensagem.
O requerimento era para o Ministério de Minas e Energia enviar informações sobre a parceria da Petrobras Bio Combustível com a Açúcar Guarani SA e o Grupo Tereos. Para a PF, o requerimento foi apenas enviado para Hugo Motta assinar. Motta informou que não se lembrava especificamente do assunto, mas que era comum conversar com os colegas sobre atividade parlamentar.
CARIRI EM AÇÃO
Com Jornal da Paraíba/Foto: Google
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