O coordenador do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB (LABAP/UEPB), Juvandi de Souza Santos, esteve recentemente em Sumé e visitou os sítios arqueológicos e paleontológico da Pedra Comprida e Lagoa da Cobra. A ação é realizada no âmbito da Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Turismo (Secult) em parceria com a Universidade Estadual da Paraíba.
“Foi uma visita muito produtiva, muito boa, encontramos um tanque com material fóssil, inclusive, já estamos discutindo a possibilidade de no mês de dezembro, obviamente com a autorização da Agência Nacional de Mineração, realizarmos um salvamento paleontológico”, disse o professor Juvandi.
Ele afirmou ainda que continuam as atividades de prospecção e registros de sítios arqueológicos no município de Sumé. Uma próxima visita, segundo ele, já está sendo viabilizada para o mês de janeiro ou fevereiro de 2023.
“Nós nem dimensionamos ainda a quantidade de sítios arqueológico, paleontológico e espeleológico que existem dentro do município de Sumé. Acreditamos que deva existir cerca de 50 sítios arqueológicos, tanto sítios de arte rupestre como sítios com presença de cerâmica, material líquido e alguns cemitérios indígenas, esse último já existe um catalogado, dentre em breve pretendemos escavá-lo”, destacou.
Ainda em relação ao sítio paleontológico Juvandi afirmou que será solicitado junto a Agência Nacional de Mineração, a autorização para o salvamento. “Ao realizar esse salvamento, o material coletado segue para higienização, catalogação, identificação e tombamento no laboratório de paleontologia e arqueologia em Campina Grande. No futuro próximo, assim que o município de Sumé oferecer as condições mínimas necessárias para ser o guardião desse material, será feito o repatriamento”, destacou.
O arqueólogo e paleontólogo acredita que possivelmente o município de Sumé dispõe de material fóssil de preguiça gigante e de mastodonte e provavelmente de outros animais de representantes fósseis.
Segundo o professor, a parceria da prefeitura e o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é fundamental para a realização das atividades, uma vez que para fazer qualquer tipo de intervenção em um sítio arqueológico é necessário a autorização e fiscalização do Iphan.
A visita aos sítios arqueológicos e paleontológico de Sumé foi guiada por Francisco Adriano e Madson Oliveira da empresa Sumé Geoturismo e Junior Barros da Secult.