A Procuradoria-Geral Eleitoral está preocupada com o crescimento de denúncias de casos de abuso de poder religioso. O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, afirmou que vê os casos com “extrema preocupação”.
“Em linhas regrais é um fenômeno que tem se revelado muito frequente”, diz, citando que, somente neste ano, foram seis pareceres dados pelo órgão de recursos que chegaram ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Existem dois tipos percebidos de fraudes eleitorais chegando ao TSE. Uma delas é a utilização dos recursos das igrejas –até com indução à contribuição e doação a candidaturas pelos fiéis. A outra forma é o uso em si dos líderes da igreja para convencimento de eleitor.
“Há situações que se observa a extrapolação da liberdade religiosa no sentido de transformá-la, de convertê-la em situações de constrangimento ou mesmo de pressão aos fiéis. Portanto essas situações podem se configurar nisso que tem se chamado de abuso de poder religioso”, explica.
Dino também disse ver casos em que a igreja usa recursos arrecadados com fiéis para bancar candidaturas. “Há muitas vertentes religiosas que movimentam recursos financeiros de expressão e, quando isso se associa à manipulação da fé, acaba por assumir contorno de extrema preocupação na manipulação da vontade do eleitor”, diz.
CARIRI EM AÇÃO
Com UOL /Foto: Google
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