Paraíba tem significativa reserva hídrica e açude de Boqueirão se aproxima dos 50% da capacidade máxima

Água em abundância, paisagem verde e segurança hídrica garantida. Por conta das fortes chuvas que caíram na Paraíba no período chuvoso deste ano, os principais reservatórios do Estado ganharam uma boa reserva. Alguns açudes sangraram enquanto outros ultrapassaram os 50% da capacidade de armazenamento. Apesar da situação confortável, os especialistas alertam a população para evitar o desperdício e usar a água de forma racional, para evitar o colapso em tempo de secas.

O volume do Açude Epitácio Pessoa, localizado no município de Boqueirão, subiu 1 centímetro na lâmina d’água nos primeiros dias de julho, conforme os dados do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

De acordo com o levantamento, foi registrado um aporte de 265.887 m³ de água, o que levou o reservatório a atingir 47,23% da capacidade total, com um volume total de 220.332.934 m³. Faltam 6,84 metros de aumento na lâmina d’água para que o açude alcance a capacidade máxima e transborde.

De acordo com o especialista em recursos hídricos, Evandro Pereira, o reservatório foi abastecido com as chuvas que ocorreram de janeiro até junho. Nos últimos seis meses, o açude subiu 4,26 m³ na lâmina d’água.

A válvula dispersora do reservatório também está aberta desde o dia 11 de maio, liberando 240 litros de água por segundo. Segundo Evandro Pereira, o dispositivo abastece a agricultura familiar e animais da região consumidora do açude.

Segundo os dados atualizados da Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA), Boqueirão amanheceu neste sábado (08), com 220.067.282 milhões de metros cúbicos, o que representa 47,7 de sua total capacidade de armazenamento que é de 466.525.964 mm. As cheias dos Rios Taperoá e Boqueirão, elevaram o nível de água do manancial. As comportas do açude seguem abertas perenizando o Rio Paraíba.

Com capacidade para armazenar 411,686 milhões de metros cúbicos de água, o manancial inaugurado em 16 de janeiro de 1957, pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), sangrou pela última vez em 2011 e já registrou, pelo menos, 18 sangrias. Elas foram notificadas nos anos de 1967, 1968, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 198, 1984, 1985, 1986, 1989, 1999, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009 e 2011.
Apesar do cenário positivo, o açude ainda precisará de receber muita água para sangrar. Isso porque, a tendência é que a partir deste mês as chuvas diminuam no Cariri paraibano.

Outros açudes também receberam muita água este ano. Coremas, considerado o maior do Estado, localizado no Sertão, está com 407.488.158 milhões de metros cúbicos, o que representa 54,76% de sua capacidade, que é de 744.144.694 mm.

Já Mãe D”agua, também na região de Piancó, no Sertão do Estado, amanheceu este sábado com 300.634.539 milhões de metros cúbicos, o que representa 55,16 % de sua capacidade que é de 545.017.499 mm. Outros açudes também estão com boa reserva hídrica, a exemplo da barragem de Acauã.

Severino Lopes/PB Agora