Em entrevista ao Arapuan Verdade, nesta sexta-feira (14), economista falou da expectativa de redução na taxa de juros que deve ocorrer a partir da reunião do Copom no mês de agosto.
Os preços das carnes caíram mas o mestre em Economia, Werton Oliveira, alerta que isso não é permanente. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta sexta-feira (14), ele também falou da expectativa de redução na taxa de juros que deve ocorrer a partir da reunião do Copom no mês de agosto.
Preço das carnes
Werton Oliveira explicou que há “um fator que está influenciando o preço das carnes que é o embargo que houve na China. E tem os casos de infecção por “vaca louca”. E muitos dos produtos que eram exportados ficaram no mercado interno. Com isso, há um maior volume de produtos no mercado interno e a tendência do preço cair é algo natural. Por isso que eu falo sempre nos núcleos da inflação que a gente tem que tirar esses preços que são sazonais. Vai continuar para sempre? Não. A mesma coisa é o preço dos combustíveis.”
O mestre em Economia destaca que “a gente tem que entender que a economia é muito dinâmica e muito complexa ao mesmo tempo. Não é só um fator ou outro que vai impactar no preço da picanha ou vai cair a inflação. O que tem que ser feito é criar uma conjunção de fatores. Por exemplo, a nossa taxa de juros está muito alta há muito tempo. É a maior taxa de juros real do mundo.” O economista confirmou que a alta dos juros foram responsáveis por essa deflação registrada atualmente “porque freia o consumo”.
Taxa de juros
Para Werton Oliveira, “a gente não pode questionar o corpo técnico do Banco Central, mas a gente pode criticar. Eu, particularmente, acho que o Banco Central pesou a mão quando baixou demais a taxa de juros para 2%, lá em 2020, e acho que pesou a mão demais quando subiu para 3,75%.”
Ele acredita que haverá redução na taxa de juros na próxima reunião do Copom. “A minha dúvida é o quanto vai ser baixado: eu acho que, de fato, a gente vai ter uma redução de juros em agosto. Eu só estou em dúvida se será de 0,25% ou 0,50%. Não dá mais. Toda a economia já mostra que os preços estão sob controle. Então não há necessidade de manter uma taxa tão alta.”
FONTE: Click PB