Larissa Manoela expõe contrato abusivo dos pais e revela que tinha apenas 2% da própria empresa

Trechos da entrevista cedida à TV Globo viralizaram na última semana. Nos áudios divulgados, Larissa aparece pedindo uma transferência bancária para comprar milho e sorvete.

A atriz Larissa Manoela, 22, revelou detalhes inéditos sobre o relacionamento e o rompimento profissional com os pais, que gerenciavam a carreira da jovem desde os 4 anos de idade. Ao Fantástico ontem domingo, 13, Larissa desabafou sobre o comportamento de Gilberto Elias e Silvana Taques e abriu o jogo sobre o controle que a família tinha sobre seu próprio dinheiro.

Trechos da entrevista cedida à TV Globo viralizaram na última semana. Nos áudios divulgados, Larissa aparece pedindo uma transferência bancária para comprar milho e sorvete. “Aí, pai. Você consegue fazer uma transferência para minha conta pra eu pagar um milho, um sorvete, um mate aqui na praia, por favor?”, diz ela.

À jornalista Renata Capucci, Larissa conta, ao completar 18 anos, passou a indagar os pais sobre as finanças e os ganhos de sua carreira, situação que, segundo ela, nunca lhe era apresentada. “Eu só queria entender esse negócio, eu não sabia o que recebia”.

Com a ajuda de escritório de advocacia e um contador, a atriz se aprofundou sobre os contratos e empresas as quais era sócia, gerenciadas pelos pais. Larissa Manoela era sócia em três empresas junto aos pais, que administravam não só as finanças, mas a carreira da jovem.

A primeira, Dalari, aberta em 2014, concentra a maior parte do patrimônio adquirido ao longo da vida profissional da atriz. Teoricamente, a receita era divida em três partes iguais entre Larissa e os pais. “Foi quando eu descobri que essa porcentagem não estava no papel como me era alegado”. O documento, exibido pelo programa, mostra que a atriz era titular a 2%, enquanto os pais tinham 98% dos ganhos.

A segunda, aberta em 2020, era somente de Larissa, mas uma cláusula contratual apontava plenos poderes aos pais na tomada de decisões sobre a carreira da atriz. A terceira, uma holding dividida em três partes igual, foi aberta em maio de 2022 para reunir todo o patrimônio da jovem, o que, segundo ela, nunca aconteceu.

Salário em mesada

O pagamento mensal da atriz, segundo ela, vinha em forma de uma ‘mesada’. “Qualquer tipo de pagamento, fosse uma passagem aérea, a compra de algo mais supérfluo, eu tinha que pedir autorização”, contou.

Em uma troca de mensagens, pouco após o fim da novela ‘Além da Ilusão’, da qual ela era protagonista, a mãe, Silvana, afirma que não há dinheiro na conta da filha e faz o pagamento de uma conta de R$ 10 reais a um vendedor de milho, após pedido de Larissa.

“Tava insuportável para mim ouvir tantas mentiras, tanta deturpação, tanta distorção das histórias”, desabafou a atriz. “Eu só queria entender esse negócio, como estava essa questão financeira, em que eu não sabia o que eu recebia, o que estava sendo pago”.

Abriu mão de R$ 18 milhões

Por fim, a atriz afirmou que abrirá mão de todo seu patrimônio, avaliado em R$ 18 milhões, e deixará para os pais. Eles não assinaram o distrato das sociedades nas duas empresas e foram notificados extrajudicialmente

“A minha decisão de abrir mão de todo o meu negócio é porque eu tenho a plena certeza de que o meu caminho, ele vai me trazer grandes conquistas. Eu tenho só 22 anos. Eu tenho a plena consciência de que essa minha escolha é pra dar o conforto necessário para os meus pais”, afirma.

“Esse momento que eu me encontro hoje é o mais difícil da minha vida. Sabendo que essa ferida, ela tá cicatrizando. E que os meus pais jamais vão deixar de ser os meus pais. Jamais vou deixar de amá-los”, finalizou Larissa.

Em nota ao Fantástico, a defesa de Gilberto e Silvana Elias dos Santos, pais da atriz, afirma que Larissa Manoela “falta com a verdade quando diz que não sabia qual era o percentual dela na empresa Dalari, já que assinou uma alteração contratual em janeiro de 2020 na qual constava clara e expressamente o percentual de 2%”.

Segundo o advogado, “também não é verdade que Larissa não tinha acesso a dinheiro no dia a dia, porque ela sempre teve e utilizou seus cartões de crédito com os quais sempre pôde comprar tudo que desejou”.

FONTE: Click PB