A defesa de Eliane Nunes da Silva, de 27 anos, suspeita de matar a própria filha de um ano, diz que irá recorrer para a mulher responda o processo em liberdade. A defesa também disse que solicitará uma avaliação de sanidade mental para a suspeita.
Eliane passou por uma audiência de custódia na manhã dessa sexta-feira (27) e teve a sua prisão mantida. Em entrevista, a defesa disse que irá recorrer para que a decisão seja anulada devido à “postura colaborativa com a Justiça” que a suspeita teve.
Ainda de acordo com o advogado, ao longo do processo, Eliane deve receber acompanhamento psicológico e proteção de integridade física. A mulher se entregou às autoridades após cometer o crime, e ao passar pela audiência de custódia, foi encaminhada para o Presídio Maria Júlia Maranhão, em João Pessoa.
O caso
O crime ocorreu na manhã da última quinta-feira (26) no bairro do Novo Geisel, em João Pessoa. Eliane se entregou às autoridades imediatamente após o crime. Segundo o delegado Bruno Germano, a suspeita admitiu ter esfaqueado sua filha após uma discussão com o pai da criança, que havia encerrado o relacionamento.
Com base nas mensagens trocadas entre o casal, a separação ocorreu horas antes do crime. O marido de Eliane disse que terminar a relação, alegando a necessidade de encontrar paz em sua vida. Ele prometeu continuar auxiliando financeiramente a mulher e a criança, enviando uma quantia semanal. No entanto, após algumas mensagens, ele bloqueou Eliane no aplicativo.
A menina Júlia foi sepultada na manhã dessa sexta-feira (27) sob grande comoção, com a presença de familiares e desconhecidos, que foram aos cemitérios nos bairros do Cristo e José Américo para prestar solidariedade ao pai da criança.