Em resposta às acusações de que teria recebido propina travestida de doação num esquema envolvendo contratos da Petrobrás, o PMDB afirmou em sua defesa no processo que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que a ação contra o partido pretende desestabilizar a legenda, “notadamente” por ter entre os seus membros o presidente Michel Temer.
O processo em questão, de relatoria do ministro Luiz Fux, tem como base os depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, que lançaram suspeitas de irregularidades em doações eleitorais em benefício do PMDB.
“O objetivo desta representação não aparenta outro senão o de desestabilizar o PMDB nacional, notadamente por ser o partido do qual é filiado o atual presidente da República”, diz a manifestação do PMDB.
Nos três casos, o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, pediu a inclusão de provas colhidas na ação da chapa Dilma-Temer, entre elas depoimentos de delatores da Odebrecht. Dino também pediu que fossem acionados o juiz federal Sérgio Moro e o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, para que compartilhassem informações.
‘Genéricos’. Segundo o PMDB, o processo foi instaurado com base em “fatos totalmente abstratos” e “argumentos genéricos”. “Não há prova de eventual abuso do poder econômico, político ou mesmo fraude, especialmente porque os pedidos formulados na AIJE 1943-58 (ação contra a chapa Dilma-Temer) foram julgados totalmente improcedentes”, sustenta o partido.
Sobre as acusações de Paulo Roberto Costa, a respeito de um “eventual auxílio em dinheiro” feito por parte do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e pessoas indicadas por ele, o partido afirmou ao TSE que, “em que pese o senador ser filiado ao PMDB, este fato, por si só, não indica que Sua Excelência tenha qualquer poder de representação do partido”.
“Muito pelo contrário, nos termos do art. 35 do Estatuto partidário, cabe ao presidente do partido a sua representação”, sustenta o PMDB, atualmente presidido pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR).
CARIRI EM AÇÃO
Com Estadão /Foto: Google
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