Cerca de 30% da população mundial tem Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), uma doença crônica que causa paradas temporárias e repetidas da respiração enquanto o indivíduo dorme, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Esse distúrbio é caracterizado como a interrupção completa do ar através do nariz ou da boca por pelo menos 10 segundos, enquanto a hipopneia é a diminuição de 30 a 50% do fluxo de ar.
As pessoas que possuem apneia do sono têm mais probabilidade de desenvolver doenças com potencial letal, como hipertensão, derrame, insuficiência e arritmia cardíacas e diabetes. Em virtude disso, é importante buscar ajuda médica para resolver esse problema, que afeta a saúde e o bem-estar.
Entre os sintomas da apneia estão a sonolência diurna e o ronco, embora grande parte dos pacientes não perceba isso. A interrupção do fluxo de ar também pode fazer o indivíduo acordar com sensação de sufocamento, dor no peito, desconforto, ofegante, boca seca, dor de garganta, irritabilidade e até dificuldade de concentração.
Diagnóstico
Em geral, os parceiros (as) dos pacientes é que ajudam a identificar a apneia, quando há ocorrência de sono agitado. A confirmação do distúrbio é feito por um exame chamado de polissonografia. Ele é realizado em uma clínica específica, onde o paciente fica conectado a um aparelho, e é avaliado enquanto dorme. O aparelho registra, entre outros detalhes, os batimentos cardíacos, a respiração e o nível de oxigênio no sangue.
Tratamentos
O tratamento da apneia varia de acordo com a gravidade do distúrbio e a situação do paciente. Se a pessoa estiver obesa, por exemplo, a recomendação inicial é a perda de peso e exercícios fonoaudiológicos para fortalecer os músculos da garganta. Nas apneias mais leves, provocadas pelo hábito de respirar pela boca, pode ser necessário tratar com dilatadores de narinas. Já os pacientes com mandíbula curta podem ter que usar aparelhos ortodônticos para facilitar a passagem de ar.
Porém, quando o problema é decorrente de uma incorreção anatômica as cirurgias podem ser a melhor saída. A cirurgia ortognática é um desses exemplos, que modifica a posição do maxilar, queixo e da gengiva, e ajuda o paciente a respirar pelo nariz.
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