PB segue ranking nacional e tem baixa participação de mulheres na política

O ranking do Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2017, divulgado nessa quinta-feira (2), mostrou que o Brasil caiu 11 posições ao longo do último ano. De acordo com o levantamento, essa queda acentuada no país é fruto da diminuição da participação feminina na política.

Esse mesmo cenário se reflete também na Paraíba. De acordo com os dados das últimas eleições no estado, apenas 93 mulheres disputaram o cargo de prefeita em 2016. Desse total, 39 foram eleitas, o que corresponde a 17,48% das prefeituras paraibanas.

A disputa pelo cargo de vereador registrou a candidatura de 3.442 mulheres. Destas, 305 foram eleitas. Já o número de vereadores eleitos na Paraíba chega a quase 1900.
Dos 12 municípios que compõem a Região Metropolitana de João Pessoa, apenas o Conde é governador por uma mulher, a prefeita Márcia Lucena, do PSB.

Na Câmara Municipal de João Pessoa, por exemplo, dos 27 parlamentares que compõem a Casa, apenas três vereadoras foram eleitas no último pleito.

Para o analista político Eugênio Falcão, a problemática da ausência feminina na política na Paraíba e em todo o Brasil é uma questão cultural. “Existe uma cultura genérica, onde os partidos políticos usam a vaga de 20% apenas para o sexo feminino, sendo que a lei é clara na sua orientação ao falar que, os 20% se trata de ambos os sexos, quando relata os 20% do sexo oposto da maioria de candidatos formados em uma nominata partidária”, explicou.

Um dos fatores que contribuem para essa realidade, segundo ele, é a falta de apoio. “A falta de apoio dos partidos é o principal motivo para existir poucas mulheres na política. É uma mistura de omissão! Por um lado os partidos não estimulam o aumento da participação feminina na política, por outro lado as mulheres pouco procuram essa integração partidária”, argumentou Eugênio Falcão.

Para mudar esse cenário ele aponta duas soluções que passam pelo partido e pela iniciativa das próprias mulheres. “Basta os partidos realizarem campanhas estimulativas, convidando e ao mesmo tempo abrindo espaços relevantes no diretório e na executiva para o sexo feminino. As mulheres também devem buscar esse caminho. Estudar a história partidária de cada agremiação e, com isso, ver onde se encaixa suas ideias, projetos e seus interesses sociais”, afirmou.

CARIRI EM AÇÃO

Com Portal Correio /Foto:Google  

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