O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, defendeu nesta sexta-feira (1°), no Rio, uma estratégia que inclui união das policias federal, militar e civil e parcerias com polícias de outros países, além de inovação tecnológica e integração institucional, com a criação de centros integrados de combate à criminalidade. “Precisamos unir forças e nossa capacidade estratégica para combater o crime organizado no Brasil”, afirmou.
O apelo do delegado foi feito durante debate sobre o problema da segurança pública no Rio de Janeiro, promovido pela Câmara de Comércio Americana do Rio, com a participação do setor privado, autoridades da área de segurança, políticos e especialistas em segurança.
No mesmo evento, o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá, disse que é preciso focar em estratégias e nas verdadeiras causas dos problemas, apesar dos recursos escassos.
“Estamos trabalhando na consequência, com bravura, mas não nas causas. Há estratégia, há planejamento, mas há restrição legal e orçamentária”, disse. Para ele, o governo deve investir em uma maior capacitação dos policiais e parcerias com a iniciativa privada para levantar recursos.
O diretor de Relações Institucionais da Souza Cruz, Fernando Bomfiglio, disse que o contrabando e o roubo de cargas afetam de forma contundente a operação da empresa.
“Cigarro é o produto mais afetado pelo contrabando e roubo de carga, sendo a diferença de tributos entre Brasil e Paraguai, um dos principais problemas. No Paraguai, o imposto sobre cigarros é de 16% e, no Brasil, 80%. A participação do mercado ilegal de cigarros já chegou a 48%. Esse mercado ilegal alimenta o crime organizado, causa desemprego e só piora a situação da segurança no país”, avaliou o executivo.
Com Agência Brasil/Foto:Google
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