Menos de 15 dias após o lançamento da Política de Inovação Educação Conectada, programa do Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) que busca universalizar o acesso à internet de alta velocidade nas escolas, a formação de professores para práticas pedagógicas mediadas pelas novas tecnologias e o uso de conteúdos educacionais digitais em sala de aula, mais de 50% dos municípios brasileiros já aderiram à política.
“Para nós é uma grata surpresa, pois, desde que abrimos a plataforma para a adesão, mais de 50% dos municípios já aderiram e mais de 70% das redes dos estados também”, explica o ministro da Educação, Mendonça Filho. “Isso demonstra o entendimento da importância dessa política para melhoria da inclusão digital, tanto dos professores, quanto dos alunos”.
Até a última terça-feira, 5.270 (60%) municípios da região Norte tinham aderido. No Nordeste, foram 1.317 (73,41%); na região Sudeste, 789 (47,30%); no Sul, 400 (33,59%); e, no Centro-Oeste, 204 (43,68%). No total, isso representa 53,50% dos municípios do país. Participaram da adesão Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Tocantins, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
Indução – Durante a fase de indução da ação, até o fim de 2018, o MEC deve investir R$ 271 milhões. Desse montante, R$ 255,5 milhões serão para melhoria da infraestrutura e conexão das escolas, o que inclui a ampliação da rede terrestre de banda larga, serviços de conectividade, infraestrutura de wi-fi, compra de dispositivos e aquisição de um satélite que vai levar internet de no mínimo 10 Mb a escolas da zona rural, locais em que a estrutura terrestre não é viável ou é dispendiosa. O satélite de monitoramento, orçado em R$ 120 milhões, a serem pagos com recursos do MEC, será contratado em parceria com o MCTIC.
Os outros R$ 15,5 milhões da fase de indução serão utilizados no financiamento da formação de articuladores locais, construção de plataforma para cursos on-line e produção de conteúdos específicos. A meta é que, até o fim do próximo ano, 22,4 mil escolas, urbanas e rurais, recebam conexão de alta velocidade. O processo será concluído em todas as demais escolas públicas até 2024.
A diretora de Apoio às Redes de Educação Básica do MEC, Renilda Peres de Lima, ressalta que o ministério vai iniciar o atendimento da fase de indução em janeiro de 2018 e, por isso, haverá um recorte com as adesões até 31 de dezembro. “A partir de 1º de janeiro de 2018, todas as redes continuarão com o sistema aberto para a adesão, passarão pelo processo de formação dos articuladores e receberão o apoio técnico do MEC para a elaboração dos planos de inovação, mas algumas ações para essas redes ficarão para a fase de expansão e universalização”, afirmou.
Formação – Também dentro da Política de Inovação Educação Conectada, está previsto um plano de formação continuada para professores e gestores com cursos específicos sobre práticas pedagógicas mediadas por tecnologia, cultura digital e outros recursos educacionais, como robótica. Paralelamente, serão preparados articuladores locais. Entre 2017 e 2018, o MEC vai oferecer bolsas de três meses para 6,2 mil articuladores que vão atuar, em nível local, no processo de construção e implementação das ações na rede.
As adesões seguem abertas e são feitas pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec). Por meio desse sistema, as secretarias de educação estaduais e municipais indicarão, a partir de critérios, as escolas que desejam compartilhar a nova política e que, posteriormente, deverão apresentar um plano de inovação e tecnologia na educação, conforme cronograma a ser lançado. O MEC vai auxiliar na formulação deste plano ao longo do próximo ano.
(Ascom/MEC)