A crescente movimentação de partidos e políticos em torno das eleições de 2018 pode atrapalhar o avanço da reforma da Previdência, avalia o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-SP). “Qualquer precipitação em relação às eleições atrapalha reforma da Previdência”.
“O que não pode é aquele que tem papel relevante nas reformas antecipar o processo eleitoral”, argumentou Maia. Questionado sobre se a declaração seria dirigida ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente da Câmara negou a indireta e afirmou que não tem “necessidade de mandar recado para Meirelles”. “Não mando recado para o Meirelles; se tiver que falar, falo para ele”, esclareceu.
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O parlamentar reconheceu que “parte importante da sociedade ainda é contra a reforma da Previdência”, mas lembrou que a primeira versão apresentada pelo governo era mais difícil de ser explicada à população. “Agora temos pontos mais objetivos e a resistência vem diminuindo.”
Maia reforçou que a aprovação da proposta de reforma da Previdência será positiva não apenas para a população, mas também para os deputados que apoiarem a medida. “Estamos em ano eleitoral e os deputados têm preocupação com o tema da Previdência. Eu penso diferente, acredito que votar vai ser positivo para todos nós”, afirmou.
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Articulação. As conversas com líderes de bancada e deputados em torno da aprovação da reforma devem ser retomadas na semana do dia 22 de janeiro, explicou Rodrigo Maia, quando a quantidade de deputados em Brasília deve aumentar. “A reforma é importante, mas a maioria ainda não pensa assim. Vamos buscar construir a maioria de 308 votos para aprovar.”
A afirmação indica que a visão dos defensores da proposta é de que o calendário para aprová-la segue apertado. “Se não tiver maioria (308 votos) para a reforma em fevereiro, será difícil ter votação depois de março”, explicou.
Reforma tributária. Questionado sobre a possibilidade de avançar no Congresso uma reforma tributária, o presidente da Câmara preferiu aguardar os desdobramentos em torno da reforma da Previdência antes de se posicionar.
Apesar do quadro fiscal delicado no País, Maia entende que o governo Temer dificilmente conseguirá aumentar a arrecadação de impostos com a aprovação do Congresso Nacional. “É muito difícil que esse governo tenha votos para ampliar a carga tributária no Brasil”, afirmou.
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Ministra ou não? Sobre o imbróglio envolvendo a nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho, Maia negou que isso possa provocar uma saída do PTB da base aliada do governo Michel Temer. “Vamos manter o PTB unido.”
CARIRI EM AÇÃO
Com MSN/Foto: Reprodução google
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