Bolsonaro superestima economia com gastos públicos

Pré-candidato à Presidência da República, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tentou nesta terça-feira, 9, inflar sua economia com os gastos do “cotão” – verba que todo parlamentar tem disponível para custear suas atividades legislativas – e foi obrigado a admitir nas redes sociais que seus dados estavam incorretos.

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O deputado superestimou sua “economia” em quase R$ 800 mil. Em uma publicação no Facebook, Bolsonaro se gabava de ter “devolvido” aos cofres públicos mais de R$ 1,29 milhão no período de 2010 a 2017. Na mensagem, o deputado listava gastos totais de R$ 1.725.639,16 nos sete anos. Mas, segundo dados oficias e públicos da Câmara dos Deputados, Bolsonaro usou nesse período R$ 2.495.056,67. Ou seja, o presidenciável utilizou R$ 769.417,51 a mais do que disse. Na prática, ele também deixou de utilizar menos dinheiro público do que afirmou, já que não existe “devolução” da verba parlamentar – e sim reembolso de despesas comprovadas.

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Horas após veículos de imprensa detectarem que os dados estavam errados, Bolsonaro republicou parte da tabela, em que foi obrigado a admitir que poupou apenas R$ 342 mil, entre 2015 e 2017, menos do que citara antes. “Republicado por incorreção nos valores publicados anteriormente”, limitou-se a dizer o deputado em sua página na rede social, copiando o link para a página da Câmara, onde os dados podem ser checados por seus eleitores. Ele não apagou, porém, a postagem anterior.

 Entre fevereiro de 2015 e dezembro de 2017, período da atual legislatura, Jair Bolsonaro usou R$ 916.148,40 da cota parlamentar, cujo valor mensal varia conforme o Estado pelo qual o deputado se elegeu. Eduardo Bolsonaro gastou, segundo consta na Câmara, o total de R$ 985.554,36.

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Os principais gastos na atual legislatura têm sido com transporte (passagens aéreas e aluguel de carros), despesas com propaganda (divulgação do mandato) e custeio de escritórios. O deputado e o filho usam praticamente os mesmos fornecedores na Câmara. Os gabinetes são contíguos em Brasília, e os funcionários circulam entre os dois.

Bolsonaro está em recesso parlamentar no Rio, segundo sua assessoria, e deve retomar as atividades políticas em fevereiro. Seu gabinete, no entanto, continua funcionando normalmente na Câmara dos Deputados, dão expediente seus auxiliares responsáveis pelo marketing nas redes sociais.

CARIRI EM AÇÃO

Com Msn/Foto: Reprodução google

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