A Secretaria de Estado da Saúde divulgou, nesta quarta-feira (2), o 7º Boletim Epidemiológico relacionado às arboviroses, deste ano. O relatório demonstra que continua a redução nos números de dengue, zika e chikungunya. No período de 1 de janeiro a 15 de julho deste ano, foram notificados 2.239 casos suspeitos de dengue na Paraíba, o que representa uma redução de 94,78% em relação ao ano anterior.
Em 2014, 2015 e 2016, no mesmo período, foram registrados, respectivamente, 5.661, 23.221 e 42.931 casos suspeitos da doença.
Chikungunya – Quanto às notificações de suspeita de chikungunya, de 1 de janeiro a 15 de julho de 2017 foram registrados 905 casos suspeitos. Em 2016, no mesmo período, foram notificados 19.512 casos suspeitos, o que mostra uma redução de 95,36%.
Zika Vírus – De acordo com o boletim, até a 28º semana epidemiológica deste ano foram notificados 106 casos suspeitos de infecção pelo vírus zika. No mesmo período de 2016, foram registrados 4.761 casos, apontando uma redução de 97,77%. O boletim epidemiológico destaca que a notificação dos casos de doença aguda pelo vírus zika é primordial para nortear as ações de combate ao Aedes aegypti.
“É importante lembrar que essa doença foi inserida na Lista de Doenças de Notificação Compulsória a partir da Portaria Nº 204, de 17 de fevereiro de 2016, o que justifica o pico de notificações no mês de fevereiro de 2016 e o não registro de casos no ano de 2015”, ressaltou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Renata Nóbrega.
Óbitos – Até a 28ª Semana Epidemiológica foram notificados 16 óbitos com suspeita de causa de arboviroses nos municípios de Bayeux (2), João Pessoa (2), Conceição (1), Caaporã (1), Santa Rita (2), Cabedelo (1), Massaranduba (1), Bom Jesus (1), Boqueirão (1), Santa Luzia (1), Sousa (1), Piancó (1) e Esperança (1).
Dos 16 óbitos, dois foram confirmados como por essa infecção e quatro descartados. Os óbitos confirmados foram em Bayeux e Caaporã. O boletim destaca que óbitos com suspeita de arboviroses devem ser informados imediatamente, ou seja, no período de até 24 horas, conforme Portaria 204 de 17 de fevereiro de 2016.
A SES lembra que, para esclarecimento da causa morte e identificação do perfil dos óbitos, se faz necessário realizar as investigações no âmbito ambulatorial, domiciliar e hospitalar, utilizando o Protocolo de Investigação de óbitos por Arbovírus Urbanos no Brasil (dengue, chikungunya e zika), instituído pelo Ministério da Saúde no dia 13 de junho de 2016. Cabe às secretarias municipais a investigação dos óbitos e às Gerências Regionais de Saúde e Núcleo das Doenças Transmissíveis Agudas da SES o apoio técnico da análise e discussão dos casos.
“É com a notificação dos casos que podemos tomar decisões precisas no combate ao vetor, como também traçar planos estratégicos para conter o avanço e os danos causados por essas doenças, os quais têm um alto impacto na saúde pública”, disse Renata Nóbrega.
Situação laboratorial da dengue e chikungunya – Na Paraíba, até 29 de junho de 2017, foram testadas 530 amostras de sorologia para dengue (79 reagentes, 419 não reagentes, 31 indeterminadas e 1 inconclusiva) pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB). Já para testagem para chikungunya, foram encaminhadas 505 amostras (152 reagentes, 295 não reagentes e 58 indeterminadas).
Com o objetivo de identificar o tipo de vírus circulante no Estado, a Vigilância Epidemiológica orienta aos municípios o envio de amostras de isolamento viral para monitoramento das ações de combate ao Aedes.
Monitoramento das gestantes com suspeita de doença aguda pelo zika – Este ano, até a 28ª semana epidemiológica, foram notificados 40 casos de gestantes com suspeita de zika vírus. Já no ano de 2016 foram notificados 298 casos em gestantes.
LIRAa – No período de 3 a 7 de julho deste ano foi realizado o 3º LIRAa (Levantamento de Índices Rápido do Aedes aegypti) e o LIA (Levantamento de Índices Amostral do Aedes aegypti) 2017 pelos municípios paraibanos.
De acordo com os resultados enviados pelos 223 municípios, 82 (36,8%) municípios apresentaram índices que demonstram situação de risco para ocorrência de surto, 120 (53,8%) encontram-se em situação de alerta e 21 (9,4%) municípios estão em situação satisfatória; destes 6 (2,7%) apresentaram Índice de Infestação Predial zero.
No que se referem às visitas domiciliares de rotina realizadas pelos agentes de combate as endemias, de 1 de janeiro a 30 de junho, foram realizadas 4.132.511 visitas, sendo que destes, 448.319 imóveis (10,85%) ficaram fechados nos 223 municípios.
Ações realizadas – Foi entregue às Secretarias Municipais de Saúde a sexta remessa dos repelentes para distribuição com as gestantes do Programa Bolsa Família – PBF; visitas técnicas aos municípios da 1ª, 3ª, 4ª e 7ª Gerência Regional de Saúde; além da realização de bloqueios de transmissão com aplicação de UBV Pesado (carro fumacê) nos municípios com notificação de casos suspeitos de arboviroses.
Arboviroses – São as doenças transmitidas ao homem por picadas de mosquitos – causadas pelos chamados Arbovírus, que incluem o vírus da dengue, zika e chikungunya (nestes casos, pelo mosquito Aedes aegypti infectado, um dos principais transmissores de arboviroses da atualidade).
CARIRI EM AÇÃO
Com PI /Foto: Reprodução Internet
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