PM da Paraíba expulsa policial que planejou estupro de filhas da namorada

O Comando Geral da Policial Militar da Paraíba expulsou da corporação o policial Ricardo Alves de Sousa. Lotado no 13º Batalhão da Polícia Militar (13ºBPM) da cidade de Sousa, no Sertão paraibano, ele já havia sido afastado temporariamente de suas funções em 2015, após ter sido envolvido em um caso de tentativa de abuso sexual contra duas menores, filhas de uma namorada.

Conforme os autos do processo administrativo disciplinar, publicado no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (17), tudo se passou em setembro de 2015, na cidade de Sousa, onde mãe e filhas residiam, e onde o militar trabalhava no policiamento ostensivo há dois anos. Ele é natural de Lavras da Mangabeira, no Ceará

O processo foi iniciado após Ricardo ter sido acusado de ter planejado a execução de crimes sexuais contra duas menores de idade, de 14 e 6 anos de idade, ambas filhas de Maria Mendes, com quem Ricardo mantinha um relacionamento extraconjugal.

O crime foi planejado através de mensagens do Facebook. À época, o PM propôs que a amante entregasse as duas filhas para que ele praticasse atos libidinosos como prova de amor a ele. “Para tal intento lúbrico, o militar propôs que as duas meninas deveriam ser dopadas com remédio, que ele mesmo iria fornecer, para que elas dormissem e daí pudesse praticar atos libidinosos com as menores’, narra o processo.

O crime só não aconteceu porque no dia planejado a filha de 14 anos viu o conteúdo das mensagens trocadas entre o militar e sua mãe. Surpresa e atordoada com o que viu, decidiu mostrar as mensagens a uma amiga, a qual, por sua vez, levou ao conhecimento da mãe, tendo o fato, por fim, chegado ao conhecimento da polícia judiciária que instaurou o Inquérito Policial, o qual culminou com a ação penal, que ainda tramita na 2ª Vara Mista da Comarca de Sousa, contra o militar.

Na portaria, assinada pelo comandante-geral da PM, coronel Eulles Chaves, “o fato, que foi amplamente difundido pela imprensa local, gerou grande constrangimento e transtorno na vida das menores e consequentemente na da família, além de ter repercutido muito negativamente na Corporação”, concluindo que as condutas “deixam patente sua incapacidade de permanecer integrando os quadros desta Polícia Militar”.

CARIRI EM AÇÃO

Com Jornal da Paraíba/Foto: Reprodução Internet 

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