Sabe o que quem fala dormindo costuma dizer? Não é nada positivo ou educado

Fala dormindo e morre de medo do que as pessoas que estão ao seu lado podem ouvir? Essa angústia não é só sua, cientistas também ficaram curiosos e fizeram um estudo para descobrir quais são as palavras que as pessoas mais dizem enquanto dormem.

O nome que designa o ato de falar dormindo é sonilóquio. Segundo publicação da FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz), a ação é inofensiva e pode variar desde um grito isolado no meio da noite até a narração de uma história.

Os pesquisadores suspeitam que o que provoca a conversa durante os sonhos é uma reação no momento em que a região do cérebro que paralisa a fala e os movimentos no sono deixa de funcionar de forma eficaz. Sem estar com o corpo oficialmente “desligado”, você solta a matraca.

A pesquisa, publicada no periódico Sleep, revelou que a conversa no sono está cheia de palavras negativas e vulgares, que muitas vezes são direcionadas para outras pessoas. Aqui se confirmam os medos de alguém ouvir o que você fala de olhos fechados.

A responsável pelo estudo, Isabelle Arnulf, da Universidade de Distúrbios do Sono de Paris, na França, contou que 232 adultos foram analisados.

Os voluntários foram gravados enquanto dormiam por dois dias e neste período foram registrados 883 episódios de fala, que incluíram 3.344 palavras decifráveis, como publicou o site Medical News Today.

A palavra mais comum foi “não”. Mas essa não é a pior parte, a equipe descobriu que quase 10% de todos os episódios continham palavrões. Aquele xingamento com F (que usamos falando algo como: vou ligar o F***-**, sabe?) apareceu cerca de 800 vezes mais durante o sono do que no vocabulário geral dos voluntários.

Outro elemento que apareceu diversas vezes foi o juramento. Sonhando, homens fizeram mais promessas que as mulheres.

Arnulf explicou que quem fala dormindo enfrenta situações nos sonhos em que jura que estava acordado, como precisar escapar de um perigo ou entrar em uma briga. Com isso, quando os sonhos são estressantes e tem cenas no trabalho ou com discussões, é comum que palavrões e vários “nãos” escapem da boca.

“Descobrimos que falar no sono é muito parecido com falar acordado, em termos de gramática correta, orações subordinadas e até silêncios esperando respostas de outras pessoas. Porém, a linguagem noturna é negativa, tensa, mais vulgar e dirigida a alguém, não a si mesmo”, explicou Arnulf ao Medica News Today.

CARIRI EM AÇÃO

Com Polêmica Paraíba /Foto: Reprodução google

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