Somente este ano, a Paraíba já realizou 21 transplantes de córnea e três de rim. De acordo com a Central de Transplante, o número destes procedimentos realizados no estado vem aumentando nos últimos anos. Em 2016, foram realizados 117 transplantes, sendo 94 de córnea, 22 de rim e um de fígado. Já em 2017, o número de transplantes realizados foi de 187, sendo 152 de córnea, 34 de rim e um de fígado, o que representa um aumento de 60% de um ano para o outro.
No momento, a Paraíba tem uma lista de espera com 664 inscritos aguardando por transplantes, sendo 317 para córnea, 343 para rim e quatro para fígado. Todos os transplantes do estado são prioritariamente realizados pelo SUS. Entretanto, o transplante a ser oferecido pelo SUS não inviabiliza a possibilidade do paciente realizá-lo por convênio ou particular, como acontece com qualquer outro procedimento. Na Paraíba são realizados transplantes de córnea, rim e fígado.
Para fígado, o estabelecimento credenciado pelo SUS é o Hospital Unimed, que realiza também o procedimento por convênio ou particular. Para rim, os hospitais credenciados são: Hospital Memorial São Francisco e Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa, e Hospital Antonio Targino, em Campina Grande. Os transplantes de córneas são realizados nas próprias clínicas dos médicos oftalmologistas transplantadores, autorizados pelo Sistema Nacional de Transplante – Ministério da Saúde, para este tipo de procedimento, nas cidades de João Pessoa, Campina Grande e Sousa.
De acordo com a diretora da Central de Transplante da Paraíba, Gyanna Lys, há um aumento no número de doações de córnea no estado, porém a população ainda mostra resistência quando se trata de doar outros órgãos e tecidos. “Estamos trabalhando para melhorar esta realidade, com palestras junto às instituições públicas e privadas, participando de eventos comemorativos, e atuando sistematicamente no trabalho de Educação Continuada, para que, assim, possamos instruir a população sobre a importância da doação, tirando dúvidas e nos colocando à disposição sempre. Nesta campanha diária temos o trabalho da inclusão social, todos podem doar”, disse.
Gyanna ressaltou a importância de informar aos familiares a intenção de ser doador de órgãos/tecidos, pois é a família do doador falecido que autoriza o procedimento. “É importante que as pessoas reflitam sobre a doação, para que possamos criar uma corrente de solidariedade. Cada cidadão tem seu papel nesta causa, conversando com amigos e familiares, explicando a importância da doação para salvar vidas. Temos a oportunidade de melhorar a qualidade de vida de quem está na fila de espera por um órgão. Podemos transformar a dor da perda de um ente querido em amor e uma nova possibilidade de vida para alguém”, concluiu Gyanna Lys.
CARIRI EM AÇÃO
Com Jornal da Paraíba /Foto: Reprodução Internet
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