O senador pelo MDB teria revelado dois episódios atípicos que denotariam a instabilidade política de Luciano Cartaxo. O primeiro em 2009, quando Maranhão era governador e foi procurado por representantes do PT no Palácio da Redenção, com queixas ao vice Luciano Cartaxo, que pertencia aos quadros petistas. O segundo episódio teria sido verificado na pré-campanha ao governo do Estado em 2010, quando Maranhão traçava planos de marketing para concorrer à reeleição e foi surpreendido com uma aparição de Luciano na TV, já ao lado do então candidato adversário Ricardo Coutinho. Maranhão, que assumiu a titularidade do governo com o afastamento de Cássio, decretado pelo TSE, acabou indicando Rodrigo Soares, então presidente estadual do PT, para vice. A chapa foi derrotada por Ricardo Coutinho-Rômulo Gouveia, apoiados por Cássio Cunha Lima, que renegou a candidatura de Cícero Lucena pelo PSDB.
Na conversa informal com o senador Cássio Cunha Lima no plenário do Senado em Brasília, Maranhão teria sido abordado pelo tucano como “vidente” por ter previsto a hipótese de desistência da candidatura de Luciano Cartaxo, não obstante o favoritismo aparente que o prefeito da Capital ostentava em pesquisas informais de opinião pública. “Não há vidência diante de tanta evidência”, reagiu Maranhão na conversa com Cássio, segundo o repórter do “Correio da Paraíba”. Na sequência, Maranhão formulou outro prognóstico que seria iminente de acontecer: a composição de Luciano Cartaxo com o esquema do governador Ricardo Coutinho, que até aqui tem sustentado a pré-candidatura do secretário de Infraestrutura e Recursos Hídricos, João Azevedo, pelo PSB. Formalmente, após desistir, Luciano adotou postura de neutralidade, recusando-se a antecipar apoio a qualquer outro postulante – seja Azevedo, Maranhão ou Romero Rodrigues, que voltou a ser cogitado pelo PSDB.
O senador Maranhão teria invocado esses episódios para sensibilizar o senador Raimundo Lira a não se desfiliar do PMDB, diante dos rumores de que ele poderia se inclinar a assinar ficha no PSD, que é presidido na Paraíba pelo deputado federal Rômulo Gouveia. Oficialmente, o senador Raimundo Lira não sinalizou qualquer intenção de migrar do MDB para outro partido aproveitando a chamada janela partidária prevista em Lei e tem reiterado o desejo de postular o Senado para dar continuidade ao trabalho que vem desenvolvendo em favor de municípios do interior paraibano. Lira tem sido atuante na liberação de recursos e de obras para esses municípios, além de atender pontualmente a prefeitos e outras lideranças municipalistas que o procuram em Brasília.
CARIRI EM AÇÃO
Com Nonato Guedes, com Correio da Paraíba/Foto: Reprodução Internet
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