A Paraíba registrou, entre os anos de 2000 e 2015, 143 casos de morte por hepatite C, o tipo de hepatite viral que mais mata no Brasil. Em comparação com outros estados, a Paraíba tem poucos casos contabilizados, porém a situação pode ser pior por conta de subnotificações da doença.
Conforme dados do Boletim Epidemiológico 2017 do Ministério da Saúde, o registro de mortes anual por hepatite C ficou em: 2003: 2; 2004: 13; 2005: 15; 2006: 6; 2007: 2; 2008: 12; 2009: 14; 2010: 17; 2011: 15; 2012: 8; 2013: 10; 2014: 12; 2015: 17.
Além da hepatite C, casos de hepatite A, B e D também deixam o estado com números menores do que outros: A: 5.056; B: 1.488; e D: 14 (dados referentes entre 1999-2016), com a seguinte relação de mortes pela doença: A: 22; B: 91; e D: 5 (dados referentes entre 2000-2015).
Por conta da possível subnotificação da doença, as Sociedades Brasileiras de Infectologia e de Hepatologia estão em campanha para alertar a população sobre a importância do teste para hepatite C.
O exame é feito com coleta de sangue e o resultado é de rápida divulgação. Na Paraíba, o teste pode ser feito no Complexo Hospitalar de Doenças Infecto-Contagiosas Doutor Clementino Fraga, Para fazê-lo, é necessário agendar uma consulta com o médico ou enfermeiro da unidade básica de saúde e informar a intenção de fazer o exame.
Os novos tratamentos para Hepatite C são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, mediante prescrição médica.
De acordo com a médica Maria benalva Medeiros, presidente da Sociedade Paraibana de Infectologia, cerca de 90% dos casos de hepatite C podem ser curados com a detecção precoce do vírus.
“Por isso, é importante detectar e tratar a doença precocemente, isto é, quando os danos ao fígado e a outros órgãos ainda podem ser controlados. Com a detecção precoce e tratamento adequado, podemos acreditar que a erradicação da doença é possível. Em nosso estado, temos que ter atenção especial com artesãos e outros profissionais que trabalham e compartilham objetivos cortantes”, disse a médica.
A hepatite C é transmitida pelo contato de sangue saudável com sangue contaminado. De acordo dados do Boletim Epidemiológico 2017, do total de casos notificados entre 2000 e 2015, cerca de 52 por cento desconheciam a provável fonte de contaminação.
Quando indicada, as três principais causas prováveis são uso de drogas por compartilhamento de seringas contaminadas (ou qualquer objeto perfurante-cortante), transfusão de sangue e relações sexuais desprotegidas. Do total de casos notificados, cerca de 9% apresentam a doença em coinfecção com HIV.
Devem fazer o teste
Todas as pessoas acima de 40 anos ou de qualquer idade que tenham se submetido a cirurgias ou transfusão de sangue há mais de 20 anos; pessoas que compartilhem agulhas injetáveis e objetos cortantes ou tenham feito tatuagens ou piercings sem material descartável; pessoas que tenham feito sexo desprotegido com múltiplos parceiros; e portadores do vírus HIV.
CARIRI EM AÇÃO
Com Portal Correio/Foto: Reprodução google
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