A campanha da Federação Internacional dos Jogadores de Futebol (FIFPro) para que Paolo Guerrero jogue a Copa do Mundo chegou aos rivais do Peru na Copa do Mundo. Adversários no Grupo C na competição, os capitães da Austrália, Dinamarca e França assinaram um uma carta pedindo que o atacante do Flamengo esteja na Rússia.
Apesar de, até o fim desta publicação, o conteúdo não ter sido divulgado, a FIFPRO garantiu que o australiano Mile Jedinak, do Aston Villa, o dinamarquês Simon Kjær, do Sevilla, e o francês Hugo Lloris, do Tottenham, todos capitães de suas respectivas seleções, querem que Guerrero, capitão peruano, entre em campo.
Na noite de domingo (20/5), o centroavante viajou para Zurique acompanhado de Edwin Oviedo, presidente da Federação Peruana de Futebol, para encontrar com Gianni Infantino, presidente da Fifa, em busca da liberação da punição do jogador por doping, que prevê punição de 14 meses ao atleta.
A FIFPro já tinha se manifestado em favor do peruano anteriormente. A entidade, uma espécie de sindicato dos jogadores de futebol profissional, enviou uma carta à Fifa repudiando a decisão do Tribunal Arbitral do Esporte, que aumentou a pena de Paolo Guerrero em oito meses.
Relembre o caso:
Paolo Guerrero foi suspenso provisoriamente por 30 dias em novembro do ano passado, após exame antidoping realizado depois do confronto entre Argentina e Peru, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, um mês antes, flagrar a presença da substância benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína. O jogador e a defesa alegam que houve contaminação em um chá tomado no período da concentração.
Guerrero desfalcou o Peru na repescagem para o Mundial da Rússia. Mesmo sem o astro em campo, o país garantiu o retorno à competição após 36 anos ao superar a Nova Zelândia. No fim de novembro, foi julgado na sede da Fifa, em Zurique, na Suíça. No início de dezembro, a Fifa anunciou a pena de um ano, o que o deixaria fora da Copa da Rússia.
Após apelação da defesa, a punição foi reduzida à metade, para seis meses – o que o permitiria jogar o Mundial. Mesmo assim, os advogados do peruano decidiram ir ao CAS para buscar a absolvição. Em fevereiro deste ano, a Wada anunciou que também apelaria junto ao TAS, mas para endurecer a sanção ao atleta. A entidade queria suspensão do atleta por dois anos. Ao fim do julgamento, ficou decidido que o jogador deveria ficar fora dos gramados até janeiro de 2019.
CARIRI EM AÇÃO
Com Torcedores.com/Foto: Torcedores.com
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