Um homem foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro por ter contaminado intencionalmente pelo menos duas mulheres com o vírus HIV. Renato Peixoto Leal Filho foi condenado a sete anos de prisão em regime fechado por ter, segundo a denúncia, ter mantido relações sexuais sem proteção com mulheres mesmo sabendo que era portador do vírus. A decisão é em primeira instância e Renato ainda pode recorrer.
Ela foi publicada no DJE (Diário da Justiça Eletrônico do Rio de Janeiro) no último dia 23. Desde 2017, ele está preso. A reportagem não conseguiu contatar seu advogado para comentar a condenação.
O caso contra Renato começou a ser investigado em 2015, quando uma das vítimas foi à Polícia Civil denunciá-lo. Logo depois, uma outra mulher também procurou a polícia relatando a mesma prática. Segundo elas, Renato se apresentava como empresário e abordava mulheres em redes sociais. Depois disso, ele mantinha relações sexuais com elas sem proteção e sem avisá-las de que era portador do vírus HIV.
No ano passado, reportagem do UOL mostrou o relato de uma das vítimas de Renato. Segundo ela, por medo, ela se sentia com uma “escrava sexual”. Ela contou que Renato tomava o dinheiro do seu salário e não a respeitava quando ela se negava a manter relações sexuais com ele. “Ele não respeitava o meu ‘não'”, disse a vítima.
Em 2015, quando o caso veio à tona, sua defesa alegou que as mulheres que acusavam Renato tinham conhecimento de que ele era soropositivo.
Em sua sentença, porém, a juíza Lúcia Regina Esteves de Magalhães rechaça essa versão. Segundo ela, Renato agiu com “dolo” (intenção) ao “transmitir enfermidade incurável” atraindo suas vítimas e mantendo relações sexuais de forma violenta sem informá-las ser soropositivo.
A reportagem tentou contatar o advogado de Renato, Wallace Pereira Mendonça, mas até a última atualização desta reportagem, não conseguiu localizá-lo.
CARIRI EM AÇÃO
Com Uol/Foto: Reprodução Internet
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