Transposição: ministro garante chegada das águas até outubro no Sertão da Paraíba

As águas do rio São Francisco devem chegar em agosto ao Ceará e até outubro ao Rio Grande do Norte e à Paraíba. A garantia foi dado pelo ministro da Integração, Antônio de Pádua Andrade, durante reunião da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal nesta quarta-feira (6).

Em solo paraibano, as obras desse trecho passam pelos municípios de Monte Horebe, São José de Piranhas e Cajazeiras, no Sertão do Estado.

O ministro chamou a atenção para a falta de recursos para obras complementares, como a Barragem de Oiticica (RN), que só teria recursos garantidos para mais quatro meses de construção. A presidente do colegiado é a paraibana Fátima Bezerra (PT),  senadora pelo Rio Grande do Norte. Ela  cobrou, ainda, urgência na revitalização do rio.

Cronograma

No fim de abril, a empresa responsável pelas obras do Eixo Norte não cumpriu o cronograma previsto e o contrato de prestação de serviços foi rompido. Após a contratação de uma nova construtora, Pádua Andrade garantiu que o ritmo de trabalho está acelerado para a finalização das obras. O ministro informou que atualmente os canteiros de obras têm turnos de 24 horas e mobilizam cerca de mil trabalhadores. Esse número deve subir para 3 mil até o fim do mês, com a inauguração da última estação elevatória do Eixo Norte em Salgueiro, Pernambuco.

As águas ainda terão que passar pelo reservatório de Jati, no Ceará, seguir até a Paraíba e só depois chegar ao Rio Piranhas no Rio Grande do Norte. A previsão é que isso ocorra até outubro.

As obras de transposição das águas do Rio São Francisco devem beneficiar 12 milhões de pessoas em 396 municípios de quatro estados: Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. São 477 quilômetros de obras nos dois eixos (Leste e Norte), 27 reservatórios com barramentos e barragens, quatro túneis, 13 aquedutos e nove estações de bombeamento.

Perenização

Por sua vez, o senador José Agripino (DEM-RN) destacou a necessidade de recursos federais e estaduais para perenizar os rios da região. O Nordeste já sofre há seis anos com a seca, amenizada apenas com algumas poucas chuvas nos primeiros meses de 2018.

“Nesse momento nós temos no conjunto das barragens do estado 30% do volume necessário. É o nosso ‘seguro-água’. Em função das chuvas que caíram, ainda que precariamente, teremos água até dezembro. Agora, o que vai ser dos próximos anos?”, questionou.

CARIRI EM AÇÃO

Com Jornal da Paraíba/Foto: Reprodução Internet

Leia mais notícias em caririemacao.com, siga nossa página no FacebookInstagram e Youtube e veja nossas matérias, vídeos e fotos. Você também pode enviar informações à Redação do Portal Cariri em Ação pelo WhatsApp (83) 9 9634.5791, (83) 9 9601-1162.